Cachoeira Paulista (SP) terá uma estátua de 22 metros em homenagem a Padre Leo, religioso que era membro da comunidade Canção Nova e que está em processo de beatificação. As peças da obra, assinada pelo artista plástico Gilmar Pinna, chegaram na cidade na quinta-feira (25). A inauguração está prevista para novembro.
Feita com 20 toneladas de aço, a estátua demorou seis meses para ficar pronta. As peças foram esculpidas no atelier do escultor em Guarulhos (SP).
“O padre Léo tem um microfone na mão, assim como ele fazia na vida dele. Dava palestras e levava fé para as pessoas”, disse o artista.
Segundo a Prefeitura de Cachoeira Paulista, a estátua será instalada no ponto mais alto da cidade e a intenção é estimular o turismo religioso. O local deve receber outras atrações no entorno, mas elas ainda estão em fase de planejamento.
A obra custou R$ 586 mil e foi paga com verba estadual de fomento ao turismo – desde 2018 a cidade faz parte da lista de municípios de interesse turístico de São Paulo e recebe cerca de R$ 600 mil anualmente. O monumento foi o primeiro projeto apresentado pela cidade para receber esse benefício.
Além da estátua de Padre Léo, Gilmar Pinna também fez um monumento gigante dedicado a Nossa Senhora de Aparecida. O artista transportou a imagem até Aparecida em 2017, mas as peças estão abandonadas no terreno em que seriam instaladas à espera de um estudo de Parceria Público-Privada (PPP) para viabilizar a instalação.
Padre comunicador
Padre Léo foi integrante da comunidade Canção Nova e também apresentador de TV. Ele morreu em 2007 aos 45 anos, vítima de infecção generalizada por causa de um câncer no sistema linfático. O cantor e apresentador Dunga conviveu com o religioso.
“Padre Léo era uma pessoa que reunia uma inteligência rara, um bom humor fantástico e um conhecimento bíblico sem igual. Essas três coisas faziam dele o melhor pregador de sua época. Ele fez um trabalho de recuperação de dependentes químicos que poucas vezes vi”, explica.
O pedido de abertura do processo de beatificação do padre foi autorizado em 2017. A Associação Pe. Léo é encarregada de coletar testemunhos de devotos para encaminhá-los ao processo de beatificação. Não há prazo para que o trâmite seja concluído.
Foto: Reprodução/ Comunidade Bethânia/ Divulgação/ Gilmar Pinna