A polícia investiga a morte de um homem de 61 anos nesta segunda-feira (25) no Morro do Algodão, em Caraguatatuba (SP). A vítima foi assassinada a facadas na própria casa. A suspeita é de que o crime tenha sido motivado por homofobia. Um jovem foi preso, suspeito do assassinato – ele nega envolvimento no homicídio.
Segundo a polícia, por volta de 11h, o agressor invadiu a casa da vítima, possivelmente pela janela, e atingiu o homem, que era cabeleireiro no bairro, com golpes de faca no tórax e na cabeça. Moradores do bairro viram quando o suspeito deixou a casa, saindo pela porta. A polícia foi acionada e encontrou o corpo.
O agressor, de 24 anos, foi localizado no bairro, cerca de quatro quadras da casa onde o crime aconteceu. Ele foi detido e, nesta terça, a Justiça decretou a prisão preventiva do jovem. Na casa dele a polícia apreendeu uma faca e roupas sujas de sangue. A perícia deverá confirmar se a arma encontrada foi a utilizada no crime e se o sangue é da vítima.
De acordo com a Polícia Civil, o agressor trabalhava próximo da casa da vítima e, segundo o relato de testemunhas, fazia comentários contra homossexuais e também contra o cabelereiro, que segundo a polícia seria homossexual. O jovem preso já tinha passagem por tráfico e há a suspeita de que ele tenha algum transtorno mental.
O delegado responsável pelo caso, Tadeu Ricardo de Castro, relata que a principal linha de investigação é a de crime motivado por homofobia. “Já recebemos diversos relatos sobre os comentários que ele fazia [suspeito] fazia contra homossexuais e contra a vítima. Até o final da semana vamos ouvir formalmente essas pessoas, localizar a família da vítima e colher o maior número de informações”, afirmou.
Os relatos recebidos também são de que o homem morto não tinha desavenças no bairro e de que morava na região há anos. O suspeito é de Guarulhos (SP) e mora em Caraguá há cerca de um ano.
Segundo o delegado, o caso foi registrado como homicídio simples. Caso se confirme que a motivação foi homofobia, o crime deverá ser enquadrado como homicídio qualificado, possivelmente por motivo fútil, o que pode aumentar a pena do suspeito em caso de condenação.