Busca por vacina contra H1N1 sobe até 80% e lota clínicas

A preocupação com a gripe H1N1 tem feito moradores de Campinas (SP) lotarem corredores de hospitais da rede pública e clínicas particulares em busca pela imunização por meio de vacinas. Em alguns casos, o aumento da procura chega a 80%.

Em unidades particulares, a dose chega a custar até R$ 120. “Tem muita criança gripada, a gente não sabe que tipo de gripe é.Melhor não arriscar”, explica a dona de casa Bruna Novello, que levou a filha a uma clínica particular localizada em uma shopping. A fila de espera chegou a 3 horas. Em poucas horas foram atendidas 200 pessoas, o dobro do normal, segundo o estabelecimento

Na Casa de Saúde de Campinas houve um aumento de 20% na procura pelo Pronto Socorro, a maior parte por casos de gripe. Dos registrados, seis são suspeita de H1N1.

Locais como o Pronto Atendimento do Centro também estão recebendo pessoas atrás da vacina, assim como clínicas particulares.

A doença é causada pelo vírus Influenza, dividido em três tipos: H1N1, H3N2 e INFLUENZA B. Neste ano, cinco casos foram confirmados no município de 1,3 milhão de habitantes, contra nove em todo o ano de 2015.

O médico infectologista Rogério de Jesus Pedro afirma a importância de buscar um atendimento. “O fator mais importante que deve levar um indivíduo a um serviço de urgência médica são os casos com sintomas respiratórios, principalmente falta de ar e cansaço”, explica o especialista. Ele alerta ainda para a ponta dos dedos coma  cor roxa.

A transmissão da doença ocorre pelo ar, através das partículas de secreção. Para prevenir, é necessário maior higienização, principalmente das mãos. Os sintomas causados pelo vírus são: dor no corpo, coriza, nariz escorrendo, tosse, dor de cabeça, dor de ouvido e mal-estar.

Doses em abril
Em abril vão ser distribuídas doses da vacina contra a doença em campanha nacional para os grupos de risco: grávidas, profissionais da saúde, crianças com idade entre 6 meses e 5 anos, portadores de doenças crônicas como asma e diabetes e idosos com mais de 60 anos de idade.

Outras cidades
Em Americana (SP), foram registrados quatro casos até agora. Sumaré (SP) e Limeira (SP) registraram um caso.

O secretário adjunto de Educação de Americana morreu nesta segunda-feira (28), após ficar internado oito dias em uma clínica particular. Este foi o primeiro caso de morte por suspeita de gripe H1N1 na região de Campinas em 2016.