No 12º dia de buscas da tragédia de Brumadinho, nesta terça-feira, o número de mortes confirmadas subiu para 142, com 122 corpos identificados. Agora, segundo os Bombeiros, são 194 desaparecidos.
O 12º dia de buscas começou por volta das 6h50. Os primeiros corpos ou restos mortais resgatados na lama chegaram ao campo usado como centro de operações do Corpo de Bombeiros por volta das 9h45, no Córrego do Feijão, em Brumadinho, na Grande BH.
Após mais de duas horas e meia de buscas, os corpos ou segmentos de corpos foram trazidos em um helicóptero da Polícia Militar do Paraná.
Os trabalhos foram feitos em 22 pontos diferentes e contaram com a ajuda de 10 helicópteros e equipes de militares a pé, de barco, escavadeiras e máquinas anfíbias.
Três equipes são reforçadas por militares da Força Nacional de Segurança e também continua a presença de militares de outros estados.
Foram 399 profissionais envolvidos na operação nesta terça, sendo 200 do Corpo de Bombeiros de MG, 64 da Força Nacional, 110 bombeiros militares de outros estados e 25 voluntários.
Por volta das 10h45, o helicóptero da Polícia Militar de Minas Gerais trouxe mais corpos ao centro de operações. Ao meio-dia, outro helicóptero trouxe mais corpos
Por causa de um enterro no cemitério do Córrego do Feijão, a família pediu que a movimentação dos helicópteros fossem paralisadas das 11h30 até o fim da homenagem.
No começo da tarde, a Articulação Internacional dos Atingidos e Atingidas pela Vale, composta por movimentos e acionistas que criticam a atuação da empresa, pediu a destituição da diretoria da Vale e o fechamento de outras minas da região. O grupo questionou a atuação da empresa nos últimos dias.
Por volta das 19h, uma reunião tensa durou mais de 2 horas e contou com cerca de 450 moradores e produtores rurais, mas representantes da mineradora Vale não aceitaram as reivindicações emergenciais da comunidade.
Foto: ALEX DE JESUS/O TEMPO/ESTADÃO CONTEÚDO