O Brasil ganhou fôlego no Mundial masculino de vôlei com a vitória sobre o Canadá, mas ainda está em terceiro lugar no Grupo B. Alcançar a liderança e, assim, enfrentar adversários teoricamente mais fáceis na próxima rodada é matematicamente possível, mas a seleção não depende só de si. Além de vencer a China na última rodada, precisa torcer para que a França tire ao menos dois sets do Canadá.
Se o Brasil avançar em primeiro lugar vai jogar a segunda fase em Bologna, na Itália. A primeira vantagem seria logística, uma vez que já ficaria no país em que será disputada a sequência da competição – a terceira fase, semifinais e final serão em Turim.
Neste novo grupo, denominado F, a seleção enfrentaria o segundo e o terceiro colocados do Grupo A, além do quarto colocado do Grupo C, posições ocupadas respectivamente por Bélgica, Eslovênia e Austrália. Para este cenário se concretizar, o Brasil precisa das seguintes combinações.
- Vitória sobre a China por 3 a 0 ou 3 a 1 e vitória da França por qualquer placar
- Vitória do Brasil sobre a China por 3 a 0 e vitória dão Canadá por 3 a 2. Neste caso, Brasil e Canadá empatam em vitórias (quatro), pontos (11) e sets (13/6), e a definição seria no pontos average (razão entre o número de pontos feitos e sofridos)
Um triunfo tranquilo sobre a China é muito provável, uma vez que os asiáticos perderam todos os jogos da primeira fase e já estão eliminados. Mas o Brasil não pode dar margem para erro, uma vez que o confronto entre França e Canadá promete ser bem mais equilibrado.
Para o capitão Bruninho, o foco neste momento não é pensar em evitar confrontos mais difíceis na próxima fase, mas acumular o maior número de pontos para a sequência da competição. Pelo regulamento, as equipes carregam os resultados para a segunda fase, quando será feito um novo ranking de cada grupo. Só avançarão à terceira fase, que reúne os seis melhores times, o líder de cada grupo da segunda fase, além dos dois melhores colocados no geral.
– Não é questão de classificar em primeiro, mas de fazer mais pontos nesse momento. Esse é o principal. Você pegar uma chave com Itália e Sérvia… São times que, se você quiser chegar no final six (seis finalistas, 3ª fase), você vai ter que ganhar. Não tem muito para onde fugir. O importante é a gente chegar com mais pontos para lá na frente ter a possibilidade de ir para o final six com menos dificuldade, vamos dizer assim. Se a gente chegar lá com menos pontos ou com uma derrota, é quase impossível. A gente já tinha feito essas contas. É nisso que a gente tem pensar, em sair com a cartela cheia – disse o levantador.