Os bombeiros encontraram inconformidades no projeto contra incêndio e pânico encaminhado à corporação para obter o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB) para todo o complexo que engloba o Museu da Língua Portuguesa, a estação de trem e a estação de metrô, na Luz, região central de São Paulo. A informação foi dada nesta terça-feira (22) ao G1 pelo capitão Marcos Palumbo, um dos responsáveis pela assessoria de imprensa dos Bombeiros. A Secretaria da Cultura diz que por se tratar de um prédio histórico e compartilhado, a emissão do AVBC é complexa e ressaltou que o museu cumpria todas as normas de segurança.
O Museu da Língua Portuguesa e as demais instalações não possuem o AVCB, que trata da instalação dos equipamentos contra incêndio e pânico, ou alvará de funcionamento, concedido pela prefeitura.
Na segunda-feira (21), o prédio do museu, que fica no complexo da estação da Luz, sofreu um incêndio que destruiu parte da sua estrutura. Um bombeiro civil que trabalhava no prédio morreu.
As causas do fogo e da morte do funcionário estão sendo apuradas pela Polícia Civil. O caso é investigado pelo 2º Distrito Policial (DP), no Bom Retiro. De acordo com a Defesa Civil, funcionários do museu disseram que as chamas teriam surgido após a troca de uma luminária.
“Os bombeiros detectaram algumas não-conformidades no projeto apresentado para obter o AVCB”, disse Palumbo. “Esse projeto contra incêndio e pânico foi entregue pela CPTM para análise dos bombeiros no dia 3 de dezembro deste ano”. O processo se iniciou em 2004, segundo o capitão e sofreu atualizações ao longo do tempo.