O presidente Jair Bolsonaroadmitiu que o governo ainda não tem o número de votos suficientes para aprovar a reforma da Previdência na Câmara . A declaração foi dada ao Programa do Ratinho, do SBT, exibido na noite desta terça-feira. Na entrevista, ele disse, porém, que sente, mesmo os deputados “reticentes”, cedendo pela aprovação
— A Câmara está cumprindo os prazo regimentais, mas sabe que tem ruídos e, por enquanto, eu acho que não temos os 308 votos necessários. Agora, estou à disposição deles. Se é para conversar comigo, eu viro noite para conversar sem problema nenhum. Agora, a bola está com o Parlamento — disse.
O presidente comentou a pressão de alguns partidos pela retirada de municípios e estados da proposta de emenda à Constituição.
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— Há a ameaça na Câmara de tirarmos estados e municípios da reforma. Aí, prefeito chia. Governador chia. Porque o prefeito teria dificuldade de impor as mesmas regras que estamos impondo para servidores públicos para seu servidor municipal. Estou supondo. Porque todos se conhecem. Vereador é tio, compadre, de todo mundo da cidade. Complica a situação dele — disse Bolsonaro.
Para ele, portanto, há incoerência na pressão de deputados pela retirada:
Previdência: Reforma pode incluir apenas servidores de estados mais endividados e com maior proporção de idosos.
— Eles (governadores e prefeitos) querem que nós votemos aqui, mas os deputados que representam estados e municípios não querem botar o dedinho lá para sair que votou contra. Mas isso está amadurecendo. Mesmo os reticentes estão cedendo. E acho que vai ser aprovada.
Mudança de opinião
O presidente disse que passou a apoiar a reforma da Previdência após assumir o cargo e ter acesso aos números do Orçamento do país. Em tom otimista sobre a tramitação da proposta, o Bolsonaro disse que a “bola está com o Congresso”, que está disposto a dialogar e que os deputados estão se conscientizando, ainda não tenha ainda os 308 votos necessários para aprovar o texto.