Irritado, o presidente Jair Bolsonaro disse nesta quarta-feira (30) que está conversando com o ministro Sergio Moro (Justiça e Segurança Pública) para que a Polícia Federal colha um novo depoimento do porteiro que associou o presidente ao principal suspeito do assassinato da vereadora Marielle Franco em 14 de março de 2018.
“Estou conversando com o ministro da Justiça para a gente tomar, via Polícia Federal, um novo depoimento desse porteiro pela PF para esclarecer de vez esse fato, de modo que esse fantasma que querem colocar no meu colo como possível mentor da morte de Marielle seja enterrado de vez”, disse Bolsonaro em Riade, capital da Arábia Saudita.
O presidente afirmou não saber quem é o porteiro citado em reportagem da TV Globo nesta terça-feira.
Segundo a reportagem do Jornal Nacional, um porteiro do condomínio Vivendas da Barra, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro, disse em depoimento à Polícia Civil do Rio de Janeiro que, no dia do assassinato, um dos suspeitos se dirigiu até o conjunto de casas onde vive o presidente, horas antes do crime.
Ao porteiro, o ex-policial-militar Élcio Vieira de Queiroz teria dito que iria à casa de número 58 — que pertence ao presidente.