Joe Biden começou a desfazer algumas das principais políticas de Donald Trump, horas depois de tomar posse como o 46° presidente dos Estados Unidos.
Ele assinou 15 ordens executivas e 2 memorandos, com o objetivo de impulsionar a resposta federal à crise do coronavírus e reverter a posição do governo anterior sobre questões-chave, como mudanças climáticas, imigração e relações raciais.
Entre as medidas, Biden determinou o retorno dos Estados Unidos ao Acordo Climático de Paris. Donald Trump havia retirado o país do acordo no ano passado. A medida foi sua promessa de campanha.
Aprovado em 2015 por 195 países, o Acordo de Paris prevê metas de redução de emissões de carbono para impedir que a temperatura média no planeta aumente mais do que 2ºC em comparação com níveis pré-industriais. Cientistas preveem que isso provocaria sucessivas catástrofes ambientais.
Biden está avançando com uma velocidade sem precedentes na execução de sua agenda. Em comparação, Trump havia assinado apenas oito ordens executivas depois de duas semanas na Casa Branca; o presidente Barack Obama, nove; Bill Clinton, três; e George W. Bush, duas.
A expectativa é que várias outras ordens executivas sejam assinadas por ele nos próximos dias.
O novo governo diz que que o estado atual do país, que enfrenta uma pandemia e as consequências econômicas dela, justifica a urgência do presidente.
As medidas são “não apenas para reverter os danos mais graves do governo Trump, mas também para começar a fazer nosso país avançar”, disse um comunicado da Casa Branca detalhando as ordens.
“Não há tempo a perder quando se trata de lidar com as crises que enfrentamos”, o novo presidente tuitou, enquanto se dirigia à Casa Branca após a posse.
Então, o que Biden determinou até agora?
Acordo de Paris: sob Trump, os Estados Unidos abandonaram o acordo no fim de 2020. Agora, voltarão em até 30 dias. Além do simbolismo, significa que o país terá mais uma vez que seguir as regras combinadas em Paris. Isso, junto com o compromisso de Biden de zerar as emissões líquidas de carbono até 2050, guiará a economia americanas nos próximos anos.