A Avibras, indústria bélica com sede emJacareí (SP), descartou nesta quinta-feira (15) suspender os contratos de trabalho (layoff) dos trabalhadores e decidiu prorrogar a licença remunerada da categoria até o dia 26 de janeiro.
A proposta de layoff já havia sidorecusada pelo Sindicato dos Metalúrgicos na última semana depois da empresa propor a medida que suspenderia o contrato de quase mil trabalhadores por três meses.
Na ocasião, o diretor da Avibras, Sami Hassuani, disse que o layoff seria uma maneira de diminuir os custos da unidade. A direção da fábrica alega que tem financiamentos bancários bloqueados e, por isso, está sem recursos para efetuar os pagamentos dos salários dos trabalhadores. Os vencimentos estão atrasados e não há prazo para serem quitados.
De acordo com a empresa, apesar dos contrato recém assinado – entre eles com o governo da Arábia Saudita de R$ 2,4 bilhões – os investimentos na unidade foram planejados com base em recursos de médio e longo prazo solicitados junto ao Banco do Brasil e à Finep [Financiadora de Estudos e Projetos].
Licença
Os 1,5 mil funcionários da empresa em Jacareí estão em licença remunerada desde o dia 17 de dezembro. O período de licença, que deveria ter acabado no último dia 5, está sendo prorrogado pela terceira vez.
Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos, que representa os trabalhadores da Avibras, alguns funcionários estão sem receber seus salários há mais de dois meses.
“O pagamento dos salários atrasados não foi garantido pela empresa. Se isso não acontecer até o dia 26 de janeiro, nós não vamos voltar a trabalhar”, disse Elias Osses, representante do sindicato.