As associações Educação e Cidadania de Afrodescendentes e Carentes (Educafro) e o Centro Santo Dias de Direitos Humanos da Arquidiocese de São Paulo entraram na semana passada com uma ação civil pública na Justiça contra o governo de São Paulo no caso do jovem negro que foi algemado e puxado por um policial militar em uma moto na capital paulista, no último dia 30 de novembro.
O caso veio à tona depois que testemunhas filmaram Jhonny Ítalo da Silva, de 18 anos, sendo detido de maneira irregular pelo cabo Jocélio Almeida de Souza da Polícia Militar (PM) na Avenida Professor Luiz Ignácio de Anhaia Mello, na Vila Prudente, Zona Leste. O vídeo viralizou nas redes sociais
O agente foi afastado pela corporação, que criticou a maneira como a prisão foi feita e apura a conduta dele. Até a última atualização desta reportagem o rapaz continuava preso por tráfico de drogas. O advogado Fábio Gomes da Costa, informou iria pedir a liberdade dele ao Tribunal de Justiça (TJ) alegando que o jovem foi “torturado”.
Jhonny foi preso em flagrante pela PM depois de não parar a motocicleta que pilotava numa blitz policial. Em seguida ele bateu o veículo numa ambulância e fugiu. O jovem foi autuado na Polícia Civil por dirigir sem habilitação e indiciado por transportar 11 tijolos de maconha escondidos numa mochila de entregas. Ele está preso atualmente no Centro de Detenção Provisória (CDP) do Belém, na Zona Leste.