A Arábia Saudita anunciou neste domingo (3) o rompimento diplomático com o Irã depois da invasão da embaixada saudita em Teerã, de acordo com a agência Reuters. O ministro de relações exteriores Adel al-Jubeir, disse em entrevista coletiva que a missão diplomática do Irã e entidades relacionadas na Arábia Saudita teriam 48 horas para sair
A relação entre os dois países ficou estremecida depois de a Arábia Saudita executar 47 pessoas condenadas por “terrorismo”, incluindo jihadistas sunitas da Al-Qaeda e o clérigo xiita Nimr Baqir al-Nimr, uma importante figura do movimento de contestação contra o regime.
A execução do clérigo al-Nimr causou protestos entre os árabes xiitas e manifestantes invadiram a embaixada da Arábia Saudita em Teerã, onde 40 pessoas foram presas. O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, declarou que a Arábia Saudita sofrerá uma “divina vingança” pela execução.
Diplomatas já deixaram Irã
Após a invasão da embaixada, diplomatas sauditas foram retirados do Irã e desembarcaram em Dubai no domingo, informou a rede de TV Al Arabiya, como parada para chegar à Arabia Saudita. Sua chegada coincidiu com um anúncio feito pela Arábia Saudita de cortar os laços com o Irã em protesto contra o ataque à sua embaixada.
40 presos
Nas ruas, manifestantes invadiram a embaixada da Arábia Saudita em Teerã, no Irã, na noite de sábado em protesto contra a execução do clérigo xiita Nimr Baqir al-Nimr.
Segundo a agência de notícias AFP, os manifestantes quebraram móveis e colocaram fogo em alguns pontos da embaixada, mas a polícia conseguiu retirar os manifestantes do prédio após a invasão.
Neste domingo as autoridades declararam que 40 pessoas foram presas. “Até o momento, 40 pessoas que entraram na embaixada foram identificadas e detidas. A investigação segue em curso para identificar os demais responsáveis por este indicente”, declarou o procurador-geral de Teerã, Abbas Jafari Dolatabadi.