Após Pinda deixar o Samu na última sexta-feira (10), os atendimentos de emergência vão continuar com uma empresa privada que presta serviços na cidade desde 2012. A prefeitura alega dificuldades financeiras para se manter no consórcio Cisamu (Consórcio Intermunicipal do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) nas cidades do Vale do Paraíba e Região Serrana.
De acordo com Isael Domingues (PR), que é médico, não há intenção de sair do Samu, porém não há “recursos para suprir os custos estabelecidos pelo modelo atual, que é o Consórcio”. O prefeito esclareceu que está “procurando soluções para continuar com o Samu, fora do Consórcio”.
Debate
Em reunião para debater o tema na última quinta-feira (9), os vereadores e o prefeito não encontraram formas para manter o município no consórcio. “A reunião foi importante, mas o que queríamos, de fato, não aconteceu que era manter o Samu em Pindamonhangaba”, explicou Roderley Miotto (PSDB). O tucano enfatizou ainda que “o prefeito já tomou posição e pediu o desligamento do Cisamu. Como poder majoritário, ele tem essa prerrogativa”.
Custos
Por nota, a prefeitura esclareceu que ‘atualmente o custo para se manter no Consórcio é de R$ 4,8 milhões por ano’ e por ter um serviço semelhante ‘não dispõe de verba no orçamento para manter outro serviço’. Apesar da saída do Samu a cidade vai permanecer com os serviços de atendimento de urgência, por meio do Emercor (empresa privada que presta atendimento pré-hospital na região), que já atende em Pinda desde junho de 2012.
Dívida
O município não efetuava os pagamentos de R$ 390 mil mensais desde novembro de 2016, quando o serviço foi iniciado. Pinda é o segundo maior aporte financeiro do Cisamu, que também abrange as cidades de Taubaté, Campos do Jordão, Tremembé, Lagoinha, Redenção da Serra, Natividade da Serra, Santo Antônio do Pinhal e São Luiz do Paraitinga.
Com a falta de pagamentos para o consórcio, Pinda acumula uma dívida de quase R$ 2 milhões, referente aos cinco meses em que o Samu atuou na cidade. Este valor deve ser parcelado pela administração, que espera quitar o valor até o final do ano.