O São Paulo entrou em campo com novidades e desfalques consideráveis. O artilheiro Calleri estava suspenso, o goleiro Denis também, Renan Ribeiro foi o titular no gol, Centurión jogou de atacante de referência e Ganso voltava ao meio campo da equipe. A expectativa era de um duelo muito difícil com o líder do chamado “grupo da morte” na primeira fase. O Toluca vinha com 6 desfalques mas com a mesma proposta das primeiras partidas.
O que se viu no primeiro tempo foi um São Paulo decidido, querendo jogar e não deixar o adversário jogar. Com marcação alta, triangulações pelos lados, passes de primeira e sem confundir velocidade com pressa, o Tricolor pressionava e finalizava bem de média distância pressionando o goleiro Talavera do Toluca. As infiltrações dentro da área também fluíam e chances reais de gol apareciam com frequência. Todos os jogadores se destacavam em suas funções jogando com raça e determinação. O importante era não desistir de nenhuma jogada e assim Centurión após tentar jogada individual no setor direito e perder a bola para a defesa mexicana, lutou para recuperar a bola e conseguiu um lateral para o time. Bruno jogou para área, ninguém interceptou e a bola sobrou para Michel Bastos que chutou bem e fez 1 x 0 aos 27 minutos da primeira etapa. A pressão continuou e Kelvin acertou duas colas na trave. O São Paulo não dava espaços e sossego para o Toluca que em todo primeiro tempo só teve um escanteio que resvalou na trave e fora isso, nenhuma finalização.
Ainda havia emoções na primeira etapa ótima da equipe. E depois de mais uma jogada de luta e qualidade, Centurión recebeu na entrada da área, avançou e chutou de pé direito. A bola fez curva e entrou no canto superior esquerdo. Placar de 2 x 0 aos 45 minutos. Um golaço para inflar ainda mais a torcida no Morumbi e dar confiança ao criticado atacante argentino. Foram 20 finalizações contra nenhuma do adversário, mais de 70% de posse de bola e não correu riscos. Primeiro tempo de respeito.
Veio o segundo tempo e o Toluca teve mais posse de bola na retomada da partida mas não chegava com perigo devido a segurança defensiva da equipe e com isso manteve a confiança para continuar tentando mais gols e aos poucos as chances voltaram a aparecer com volúpia. Logo aos 7 minutos após jogada trabalhada e tabela entre Thiago Mendes e Ganso, o camisa 23 recebeu a bola, carregou para o centro da área e finalizou no canto fazendo 3 x 0. Um placar que já daria tranquilidade mas devido ao tempo restante de jogo haveria mais pressão. O São Paulo não se acomodou, o que foi muito bom, o time manteve o foco que é necessário para uma Libertadores.
Aos 16 minutos e novamente pelo lado esquerdo, após cruzamento de Michel Bastos para a área e confusão entre Ganso, Centurión e dois zagueiros, o argentino na raça e de pé direito tirou do goleiro e fez 4 x 0. Antes do 20 minutos da segunda etapa. O time estava muito consistente e seguro, com foco e determinado a conseguir vantagem. Um resultado que colocou o São Paulo entre os primeiros das principais estatísticas da competição: somando os dois jogos da fase eliminatória contra o Cesar Vallejo, o ataque são paulino tem 17 gols, se tornando o melhor ataque da Libertadores ao lado de River Plate da Argentina e Pumas do México; o artilheiro da competição com 8 gols é o atacante Tricolor Calleri, Hudson é o maior “ladrão” de bolas da competição com 39 desarmes.
Outro número que mostra uma evolução da equipe é o de gols sofridos: 6 contando todas as partidas na edição 2016 da Libertadores. Também possui 100% de aproveitamento jogando no Morumbi, a derrota na primeira fase da competição foi no Pacaembu e outro dado é que o time não perdeu fora de casa: são 4 empates em 1 x 1, Cesar Vallejo, River Plate, Trujillanos, Strongest.
O São Paulo está crescendo no momento certo e mostrando que na Libertadores tudo é diferente quando o Tricolor Paulista joga. A esperança é vermelha, branca e preta.