Se o confronto diante do Cruzeiro, no último domingo, pelo Campeonato Brasileiro, serviria como teste do Palmeiras para o segundo duelo entre as equipes pela Copa do Brasil, marcado para o próximo dia 26, ele fez muito torcedor alviverde acordar preocupado nesta segunda-feira: ao perder por 3 a 1, em Belo Horizonte, e somar o sexto gol sofrido para os mineiros em um intervalo de 20 dias, o time de Cuca voltou a apresentar problemas similares em sua defesa. Algo que vai muito além da discussão se Fernando Prass falhou ou não nos gols celestes.
Aqui, vale recordar um pouco como foi o empate por 3 a 3 do jogo de ida das quartas de final da Copa, na arena palmeirense. Naquela ocasião, Mano Menezes armou seu 4-5-1 com praticamente os mesmos homens de frente escalados no jogo do Mineirão: Thiago Neves, Alisson e Rafael Sobis.
Nos dois jogos, a Raposa forçou o jogo pela esquerda. Da primeira vez, a estratégia funcionou contra o palmeirense Fabiano, que, de tão mal, acabou sacado aos 32 minutos do primeiro tempo, quando o adversário já vencia por 3 a 0. Cuca, então, colocou Egídio, Zé Roberto saiu da lateral esquerda e foi para o meio-campo na vaga de Tchê Tchê, e este acabou deslocado para o lado direito da defesa. Foi assim que as coisas se reequilibraram e o Verdão buscou o empate.
Já no jogo do último domingo, o mapa da mina se chamou Mayke. Em cima dele, o Cruzeiro achou o caminho para sair do sufoco após praticamente meia-hora de domínio dos visitantes. E, em 15 minutos, abriu 2 a 0 no placar. Aos berros, Cuca chamava a atenção de seu lateral-direito, que, a exemplo do que acontecera com Fabiano no outro confronto, nem sequer voltou do intervalo. Keno entrou em seu lugar. Novamente, Tchê Tchê foi para a direita, Zé acabou recuado para fazer dupla com Bruno Henrique, e Dudu centralizou. O comportamento do time foi outro na etapa complementar. Apoiado, principalmente, em excelente partida de Róger Guedes, o Palmeiras partiu para cima, descontou com gol de Willian e poderia ter empatado mais uma vez, o que, certamente, traria um peso enorme sobre as costas de Mano. Como explicar duas partidas nas quais seu time abre vantagem e, depois, cede a igualdade? Não foi o caso, com o gol derradeiro marcado por Élber.