Lucas Dantas do Nascimento, de 28 anos, estava no festival Terratronic, em Guaratiba, na Zona Oeste do Rio, no último domingo (14), e teria passado mal em uma piscina. Parentes dizem que só souberam da morte pelas redes sociais.
Amigos do ex-sargento do Exército e motorista de aplicativo Lucas Dantas do Nascimento, que morreu durante uma rave de música eletrônica em Guaratiba, na Zona Oeste do Rio, afirmam que não havia salva-vidas no espaço do evento. Um laudo apontou que a causa da morte foi afogamento.
“Na beira da piscina eu não vi ninguém com roupa escrito salva-vidas. Eu vi alguns seguranças circulando na beira da piscina, em determinados momentos. Mas um posto de salva-vidas na beira da piscina eu realmente não vi”, disse o amigo Giovanni Viegas.
“Não havia salva vidas lá, porque o nosso amigo morreu afogado dentro de uma piscina que batia no peito. Não tinha um segurança, não tinha ninguém perto, nenhum salva-vidas. Ninguém viu”, falou Deivison Lima.
“Vi uma mulher que estava babando lá também, espumando, e os bombeiros ficaram parados, olhando, não fizeram nada, não reagiram. Não sei se eles têm equipe médica suficiente para isso, para socorrer, mas isso é uma falha, né? Muita gente, cara, é muita gente passando mal também”, contou uma pessoa que estava no local.
Daiana Pimentel, tia de Lucas, afirmou que o jovem, de acordo com relatos, já estava roxo quando saiu da piscina.
“É uma coisa que não tem lógica. A pessoa submersa por 20 minutos e sair do local com vida. Quando tiraram ele da piscina, ele já estava roxo. Os olhos entreabertos e ainda botaram ele numa maca e derrubaram o corpo dele. É inadmissível”, comentou.
A família de Lucas foi até o Instituto Médico-Legal para a liberação do corpo do jovem. O enterro será na tarde desta quarta-feira (17) em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.
Paula Gerônimo Dantas, mãe do jovem, lembrou das qualidades do filho.
“Meu filho era uma benção. Entrou no quartel como soldado, foi a cabo e depois a sargento. Ficou 8 anos lá (no Exército). Eu só tenho orgulho do meu filho. (Agora) Eu só quero uma solução. Por que não salvaram o meu filho? Tinham tantos amigos lá e ninguém viu meu filho lá. Houve negligência. Só quero justiça. Não quero que outras mães passem o que estou passando. Hoje foi a minha mãe, amanhã pode ser o filho de vocês.”
Laudo aponta afogamento
O laudo do IML apontou que Lucas, de 28 anos, morreu por asfixia mecânica por imersão em meio líquido – ou seja, a causa da morte foi afogamento.
Ele foi encontrado dentro de uma piscina em uma festa eletrônica que aconteceu no último final de semana em um sítio em Guaratiba. Parentes souberam, por amigos da vítima, que o rapaz ficou por 20 minutos debaixo d’água sem socorro.
Na tarde do último domingo (14), Lucas teria se sentido mal e procurado se recuperar na piscina, um dos espaços da rave. Informações de familiares indicam que ele desmaiou e acabou afundando.