Daniel Alves é o jogador mais vitorioso em atividade no futebol mundial. Em sua coleção, tem 40 títulos, dezenas de prêmios. Aos 36 anos, porém, viverá uma experiência inédita: sua estreia na Libertadores, o principal torneio de clubes da América do Sul.
Nesta quinta-feira, contra o Binacional, no Peru, o astro do São Paulo fará seu primeiro jogo na competição enquanto desfruta seu melhor momento com a camisa tricolor. Atuando como volante, o baiano, que deixou o Bahia em 2003 a caminho do Sevilla, já marcou quatro gols no ano (são oito jogos), mais do que em 11 temporadas anteriores na carreira – o período mais goleador foi em 2005/2006, no Sevilla, com sete gols.
Na Europa, Daniel Alves construiu uma trajetória respeitada. Por Sevilla, Barcelona, Juventus e PSG, acumulou 12 participações e 111 jogos na Liga dos Campeões, o equivalente europeu da Libertadores. Foram três títulos, todos conquistados pelo clube catalão. E venceu muito mais do que perdeu: 72 triunfos e apenas 19 derrotas, além de 20 empates.Os números, de tão superlativos, podem ser comparados aos do próprio São Paulo em torneios de clubes continentais. O Tricolor fará, em 2020, sua 20ª Libertadores, com 183 jogos no total – a primeira participação foi em 1972. Foi o primeiro clube brasileiro a conquistar o tricampeonato do torneio (1992, 1993 e 2005).
Companheiro de setor de Daniel Alves na equipe tricolor, o volante Tchê Tchê é um “veterano” em Libertadores. Tem duas participações e dez jogos no torneio, todos pelo Palmeiras. O jogador reagiu com bom humor ao ser questionado se daria conselhos ao colega:
– Eu (não vou) falar nada, ao lado dele procuro absorver tudo o que é necessário, as coisas boas dentro de campo. A gente vem se entendendo. Ele tem experiência suficiente, rodagem imensa – disse na última terça-feira após treino no CT da Barra Funda.
Foto: MAURO HORITA/ESTADÃO CONTEÚDO