A Globo respirou aliviada com a estreia da sétima edição de “A Fazenda” neste domingo (14). Após meses sofrendo com a concorrência do “Programa Silvio Santos”, o canal finalmente conseguiu manter a liderança no horário sem sufoco.
Segundo dados prévios, a emissora carioca registrou média de 13 pontos contra 10 pontos do reality rural. Aliás, esse é o menor índice em uma estreia de todas as edições do programa. Já o SBT amargou a terceira colocação com média de oito pontos entre às 22h e às 0h.
De volta à “Fazenda”, o elenco é ainda mais fraco que o da última edição. Mas, isso não significa nada. A temporada passada provou que se pode fazer um bom reality com as sub das subcelebridades.
A lista de participantes não teve nenhuma novidade com relação ao que fora divulgado pela mídia na última semana. A grande surpresa foi o fato da Record ter sido pontual na exibição do reality.
Dentre tantos desconhecidos, a modelo Lorena Bueri saiu na frente por não ter medo de confrontar Oscar Maroni. Discutiu com o empresário ao deixar claro que não se vende por dinheiro e detonou o discurso de bom moço do veterano em fazer uma “Fazenda” de paz e amor. No entanto, perdeu a linha ao bater boca à toa por conta da quantidade de sal no arroz com o ex-Menudo Roy. Mirou na Joana Machado e está acertando na Denise Rocha.
A revelação e a chegada dos participantes pareceu um misto das últimas três estreias do reality. Já a ideia de confinar o grupo em um acampamento remeteu a uma estratégia usada por Boninho no “Big Brother Brasil 11”. Se o intuito era surpreender o grupo, não funcionou. Todos sabiam que, em 24 horas, iriam para a sede.
Anunciada como uma das novidades, o uso de hashtags durante o programa é um recurso batido em outras emissoras. Sem falar que a tão esperada maior interatividade com o público pareceu piada: o telespectador terá que decidir qual dos três primeiro colocados terá preferência na hora de montar seu grupo.
Mais uma vez, a edição lenta prejudicou o ritmo do programa. A primeira prova da atração durou quase 20 minutos e cansou o telespectador. Outro problema, que ocorre desde a primeira edição que ainda não foi corrigido, é a caminhada dos participantes até o palco no primeiro episódio. Não é possível que, após sete anos, não encontraram uma solução melhor.
Para piorar, Britto Jr. continua atrasando ainda mais o tempo da produção ao descrever tudo o que o público está assistindo e fazendo suspense em torno de assuntos sem a menor graça.
Não bastasse tudo isso, a falta de transparência nas provas compromete o andamento do reality. Como acreditar nos tempos da prova anunciados pelo apresentador se não havia nenhum cronômetro para o telespectador ter certeza que não houve manipulação de resultados?