O advogado Paulo Amador da Cunha Bueno, que representa o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no caso das joias, assumiu a defesa também da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.
A entrada de Cunha Bueno no processo nos atos que correspondem a Michelle ocorre diante do agravamento das acusações com possibilidade de confissão do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid.
Na quinta-feira (17), dia em que tornou-se pública a disposição de Mauro Cid de confessar, o advogado de Bolsonaro e Michelle ligou para o advogado de Cid, o criminalista Cézar Bittencourt. Ele afirma, no entanto, que a ligação ocorreu antes da divulgação pela revista “Veja” de que poderia ser feita uma confissão.
Cunha Bueno atua na advocacia criminal especializada. Em março, quando assumiu inicialmente a defesa de Bolsonaro, foi ele quem divulgou que conjuntos de joias, recebidos de presente da Arábia Saudita seriam devolvidos ao Tribunal de Contas da União (TCU).
As constatações mais recentes da investigação comandada pela Polícia Federal mostram que nem todas as joias e relógios estavam no Brasil, o que exigiu uma operação de recompra, ao menos de um dos relógios, com a participação de outro advogado de Bolsonaro, Frederick Wassef, para que os itens preciosos retornassem ao país e fossem devidamente entregues ao TCU.