Apesar de Vitor Belfort ter recebido uma licença condicional para lutar no UFC 181, o treinador principal de ChrisWeidman, Ray Longo, está com o pé atrás com relação ao duelo entre seu pupilo e “O Fenômeno”. Isso porque o brasileiro deve passar por uma série de testes antidoping solicitados pela Comissão Atlética de Nevada até a data da luta, prevista para o dia 06 de dezembro, em Las Vegas, EUA. Para o treinador de Weidman, o UFC precisa pensar em um plano B, caso o brasileiro não passe em um dos testes pré-luta.
– Eu, definitivamente, não me sinto confortável. Espero que ele passe nos testes antidoping, que amadureça e faça o que um homem deve fazer pelos seus filhos e dê um bom exemplo. Em vez de falar sobre isso, espero que ele aja. Que faça os testes antidoping, passe e deixe a luta acontecer. Eu só penso nas ações que ele teve no passado e, como uma pessoa lógica, não posso ficar tão confortável. Nós temos que ter um plano de contingência caso Vitor falhe no antidoping, que é uma coisa que vai feder – declarou ao site americano “MMA Junkie”.
Longo também voltou a questionar o histórico de Belfort, que já foi pego no antidoping em 2006, após o duelo contra Dan Henderson ainda pelo extinto Pride. O lutador brasileiro vinha sendo criticado nos últimos anos por ser adepto da Terapia de Reposicão de Testosterona (TRT), da qual fazia uso por questões de saúde. Quando o TRT foi proibido, em fevereiro passado, ele precisou se retirar do duelo contra Weidman, agendado para maio, a fim de readaptar seu organismo às novas regras. Paralelo à isso, Vitor se submeteu a um exame antidoping surpresa em fevereiro, no qual registrou nível de testosterona acima do permitido. Como o exame foi feito de forma espontânea e o lutador ainda não tinha aplicado por uma licença para lutar no estado de Nevada, a divulgação dos resultados era opcional. No entanto, em junho o Ultimate convocou o brasileiro para substituirWanderlei Silva no duelo contra Chael Sonnen, marcado para o UFC 175, em 5 de julho. Vitor então finalmente deu entrada na licença e tornou público os resultados do exame de fevereiro. O seu pedido de licença foi julgado no dia 23 de julho, quando ele conseguiu a licença condicional para enfrentar Weidman em dezembro.
– Se você olhar para o histórico do Vitor, você não pode se sentir confortável com ele passando em um teste antidoping. Eu só espero que ele tenha tido uma “revelação” e faça a coisa certa. Que ele passe no teste e lute. É isso que eu quero que aconteça. Nós vamos nos preparar para uma versão do Vitor com TRT. Vamos nos preparar para o melhor Vitor Belfort que existe. Weidman ama se testar e vai vencê-lo com ou sem esteróides. Não importa .Nós queremos que seja justo e queremos o melhor Belfort que existe – completou.