O presidente Jair Bolsonaro (PL) embarcou em Brasília, por volta das 18h desta segunda-feira (14), com destino a Moscou para um encontro com o presidente russo Vladimir Putin. A previsão de chegada é na noite da próxima terça-feira (15).
Na próxima quarta-feira (16), Putin e Bolsonaro devem ter uma “agenda bem eclética”, segundo o chefe do Executivo brasileiro em entrevista. “Vamos tratar de interesses dos dois países: na área de energia, comércio, agronegócio (fertilizantes) e defesa”, afirmou. A reunião será reserva apenas aos líderes e tradutores.
No mesmo dia será oferecido um almoço a Bolsonaro no Kremilin, sede do governo russo. Após isso, o presidente brasileiro irá se encontrar com o presidente da Câmara Baixa do parlamento russo e depois com empresários locais.
Também estarão presentes na viagem os seguintes ministros: da Defesa, general Walter Braga Netto, das Relações Exteriores, Carlos França e da Secretária-Geral da Presidência da República, general Luiz Eduardo Ramos. A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, testou positivou para a Covid-19 e não irá mais. O secretário-especial da Cultura, Mario Frias, não estará na comitiva depois de discussões e pedidos de apurações de uma viagem aos Estados Unidos no ano passado.
Em relatos ao analista de política Gustavo Uribe, auxiliares da articulação política e da equipe econômica recomendaram a Bolsonaro que não cite o agravamento da relação entre Rússia e Ucrânia. A medida visa evitar um incidente diplomático com os EUA.
Questionado sobre o momento da viagem, o presidente comunicou que está indo por respeito ao país, já que foi convidado por Putin no ano passado. Ainda disse que a política externa brasileira é pautada pela paz e respeito à soberania de outros países. Reiterou que não tem problemas na América do Sul, optando sempre pelas vias pacíficas na solução de conflitos externos.
“Vou à Rússia por convite, comércio e paz”, finalizou Bolsonaro.