Às vésperas dos Jogos Olímpicos de Inverno, Pequim registrou no levantamento mais recente divulgado pelo governo chinês 20 novos casos de Covid-19 no último domingo. Parece pouco se comparado à realidade do Brasil, mas esse é simplesmente o maior número de registros diários desde junho de 2020, logo após início da pandemia.
Realidade que assusta a população chinesa e ofusca dois momentos que deveriam ser de grande celebração neste mês de fevereiro no país. Isso porque a ideia da China era realizar os Jogos de 2022 justamente durante os feriados do ano novo chinês, comemorado neste dia 1º de fevereiro – data móvel determinada pela segunda lua depois do solstício de inverno, de acordo com o calendário lunar.
Se antes a ideia era tirar todo mundo de casa para lotar as arquibancadas dos Jogos de Inverno como aconteceu nos Jogos de Verão em 2008, com o aumento da variante ômicron, o governo chinês orienta a população a fazer o oposto. Mas, está mesmo com a circulação proibida é quem chega para as Olimpíadas.
Atletas, jornalistas e todos os envolvidos na cobertura do evento estão dentro da maior bolha sanitária já construída no mundo. É simplesmente vetado qualquer tipo de contato entre quem está dentro do perímetro olímpico com a população chinesa fora da área delimitada.
Dentro da bolha dos Jogos foram registrados até agora 37 casos de Covid-19, a maioria deles identificados já na chegada das delegações ao aeroporto. No caso do Brasil, um dos 11 integrantes teve resultado positivo. Erick Vianna está em isolamento e agora vai precisar de dois PCRs negativos para ser reintegrando à equipe de bobsled, que faz sua estreia no dia 14 com a prova de dois homens, o two-man.
As Olimpíadas de Pequim 2022 começam para o Brasil no próximo dia 3, com a estreia de Sabrina Cass no esqui estilo livre ainda pela fase qualificatória. A cerimônia oficial de abertura será no dia 4. O Brasil já divulgou seus dois porta-bandeiras para o evento. Serão os experientes Edson Bindilatti e Jaqueline Mourão.
Ano novo chinês
Feriado mais importante na China. Data em que as famílias se reúnem para agradecer a boa colheita, o alimentos e a união. Celebrações duram 15 dias e terminam com a lua cheia, o chamado festival das lanternas. Cada ano é relacionado a um animal do zodíaco chinês. 2022 será o ano do tigre. Animal que inspira, segundo a cultura chinesa, poder, coragem, força, lealdade, liderança e independência.