No primeiro ano da regra que limita demissões de técnicos no Brasileirão, a imposição parece ter dado resultado. Desde o início do campeonato, foram realizadas 21 trocas no comando dos times da Série A, o segundo menor número desde 2003. A menor marca continua sendo da edição de 2012, que teve 20 mudanças de técnicos. Devido ao limite, foi a primeira vez na história que nenhum time mudou três ou mais vezes de treinador.
Até a edição passada, a média no campeonato era de 28 trocas, tendo uma queda de 25% neste ano. O cálculo não considera técnicos interinos, a não ser que tenham sido efetivados ou que permaneçam períodos longos de dois meses ou nove rodadas à frente do time, como o caso de Marcão, no Fluminense. Além disso, interinos que servem como “tapão” de demissão no fim da competição também contam como troca. Ou seja, a saída de Renato Gaúcho para o lugar, interinamente, de Maurício Souza foi contabilizada como mudança.
Outro dado relevante é que cinco times estão com os mesmos treinadores que começaram o campeonato. São eles: Atlético-MG (Cuca), Bragantino (Maurício Barbieri), Corinthians (Sylvinho), Fortaleza (Vojvoda) e Palmeiras (Abel Ferreira). A máxima de que em time que está ganhando não se mexe, vale para estas equipes. Os cinco times estão entre os seis primeiros colocados no Campeonato Brasileiro. Ou seja, apenas o Flamengo, do atual G6, teve mudança no cargo de treinador durante a competição.
Entre os times da elite do Brasil, Maurício Barbieri é o treinador há mais tempo no comando de um clube. São 463 dias desde o acerto pela contratação do técnico, em setembro de 2020. Quem vem logo atrás é Abel Ferreira, do Palmeiras. O português foi anunciado há 405 dias e já faturou três titulos: duas Libertadores e uma Copa do Brasil.