A delegação da Guiné não vai mais participar dos Jogos Olímpicos de Tóquio, informou nesta quarta-feira (21) o ministro do Esporte do país africano, segundo a agência France Presse (AFP).
As autoridades locais dizem que tomaram a decisão para preservar a saúde dos atletas em meio à pandemia do coronavírus — em um momento de casos registrados em atletas.
“Devido ao recrudescimento das variantes da Covid-19, o governo, preocupado em proteger a saúde dos esportistas guineanos, decidiu com pesar pela anulação da participação de Guiné”, escreveu o ministro Sanoussy Bantama Sow.
Com isso, a Guiné é o segundo país entre os mais de 200 a desistir da participação nas Olimpíadas de Tóquio. Também citando preocupações com a Covid-19, a Coreia do Norte anunciou em abril que não levará atletas ao Japão. As autoridades de Samoa também decidiram que nenhum atleta viajará do país, na Oceania, para a sede olímpica, mas atletas que vivam em outros países poderão competir .
Guiné deveria levar a Tóquio cinco atletas: na luta livre, no judô, no atletismo e dois na natação. O país, em sua história, jamais conquistou uma medalha em Jogos Olímpicos.
A dois dias da Cerimônia de Abertura, há apreensão em Tóquio a respeito da segurança dos atletas, das comitivas e dos moradores da cidade em um momento de alta nos casos de Covid-19. Ao menos três atletas, entre eles alguns dos favoritos a medalha, foram retirados dos Jogos depois de terem teste positivo para o coronavírus.
Entretanto, o próprio diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, disse em tom confiante que os Jogos Olímpicos são um momento de esperança e de teste para mostrar ao mundo as medidas de prevenção ao vírus. “Não existe risco zero”, afirmou, durante evento em Tóquio.
Por causa da pandemia, a maioria das competições ocorre sem público nenhum. Além disso, todos os envolvidos passam por testagens quase diárias, e estima-se que mais de 80% dos atletas tenham se vacinado contra a Covid.
Foto: Hiro Komae/AP Photo