Por mais que a situação do Corinthians não tenha tanto apelo para exaltações e comemorações, é inegável que a vinda de Renato Gaúcho seria um grande acontecimento no cenário nacional, especialmente no futebol paulista, onde o treinador jamais teve experiência profissional, nem como jogador. Contratação seria uma “bomba” tão grande que tornaria concreto algo antes improvável.
Natural de Guaporé, no Rio Grande do Sul, Renato começou sua carreira no Esportivo, ainda na base e depois seguiu para o Grêmio, ambos em território gaúcho. Depois de ganhar quase tudo com o Tricolor, foi se aventurar no futebol carioca, pelo Flamengo, onde teve mais três passagens. Ainda no Rio de Janeiro, ele defendeu como atleta o Botafogo, o Fluminense e o Bangu.
Além de Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro, Renato teve duas passagens em Minas Gerais, defendendo Atlético-MG e Cruzeiro. Fora do país, o ex-jogador atuou pela Roma, na Itália e obviamente com a camisa da Seleção Brasileira.
Em meio a essas idas e vindas do futebol carioca, Renato Gaúcho quase defendeu o São Paulo, em 1997. Aos 34 anos, ele chegou a ser apresentado no Morumbi pela diretoria são-paulina e chegou a posar com a camisa do clube. No entanto, ele se acertou com o Fluminense e voltou para o Rio de Janeiro.
Depois de encerrar sua carreira como jogador, Renato passou a ser treinador e novamente fundamentou sua experiência profissional no estado da Guanabara. Entre 2000 e 2009, ele trabalho no Madureira, no Fluminense (3 vezes) e Vasco (2 vezes), conquistando a Copa do Brasil pelo Tricolor carioca.
A partir de 2010, Renato passou a desbravar outros estados como treinador e foi trabalhar no Bahia. Depois, assumiu o Grêmio, onde teve mais duas passagens, intercaladas com Athletico-PR e Fluminense. A última empreitada do técnico, no Tricolor gaúcho, durou quase cinco anos e foi encerrada com oito taças levantadas e um legado esportivo para seu clube do coração.
Ao longo de todos esses anos de profissional, seja jogando ou comandando, Renato jamais trabalhou por uma equipe paulista. Depois de deixar o Grêmio, ainda este ano, chegou a conversar com a diretoria do Santos para assumir o time após a demissão de Ariel Holan. A negociação aconteceu, mas acabou não seguindo em frente, já que o técnico não tinha a intenção de voltar tão logo.
Com o Corinthians, essa aproximação pode dar certo nos próximos dias, se ambas partes chegarem a um acordo, não apenas financeiro, mas principalmente de projeto esportivo, que seja atraente o suficiente para Renato abandonar suas “praias” e desbravar pela primeira vez na carreira o futebol paulista, e logo de cara no comando do clube de maior torcida do estado.