O protocolo médico apresentado pela Federação Paulista de Futebol ao governo do estado de São Paulo para a volta do Paulistão prevê que as delegações dos clubes e as equipes de arbitragem fiquem confinadas durante a participação na reta final do estadual.
Existe até mesmo a possibilidade de o comitê responsável sugerir que os gols não tenham comemoração para evitar um contato mais próximo.
Em reunião na última segunda-feira, dirigentes da FPF e presidentes dos 16 clubes da elite decidiram continuar sem um prazo para o retorno aos treinamentos até que se tenha uma liberação das autoridades sanitárias. O Estado de São Paulo está com isolamento social decretado até 10 de maio. Até lá, o governador João Dória vai comunicar um plano gradativo de saída da quarentena. Um ponto já definido é que as partidas serão disputadas com portões fechados, sem torcida.
As diretrizes para diminuir o risco de contágio do coronavírus também envolvem o uso obrigatório de máscara em quase todas as situações, além de testes periódicos em jogadores, comissões técnicas e outros envolvidos e restrições no número de pessoas nos treinos e também nos jogos. O documento é assinado pelo ortopedista Moisés Cohen, presidente do Comitê Médico da FPF.
– Tudo o que foi colocado no protocolo é uma recomendação da FPF para aos clubes.
Outras medidas ainda estão em fase de análise, como, por exemplo, os jogadores atuarem com mangas compridas e luvas. Moisés Cohen também não descarta a sugestão de que os gols não tenham comemoração.
– Ainda estamos estudando e discutindo a viabilidade de algumas situações. O fato é que vai mudar muito a cultura como um todo. Uma comemoração de gol, por exemplo, aumenta a exposição ao risco de contaminação. Claro que em situações como disputa no alto de um escanteio, o contato é inevitável. Mas ainda vamos analisar medidas educativas para que sejam sugeridas. São pontos de conscientização, não regras.