A procura por oito alpinistas desaparecidos após uma avalanche na porção indiana da cordilheira do Himalaia foi suspensa neste domingo (2) pelo mau tempo e será retomada na segunda-feira, anunciaram as autoridades.
Quatro britânicos, dois americanos, um indiano e um australiano estão desaparecidos desde sexta-feira (31) no Nanda Devi, a segunda maior montanha da Índia, com 7.826 metros de altura.
Dois helicópteros e dezenas de agentes dos serviços de emergência trabalharam na área neste domingo, pelo segundo dia consecutivo, e as buscas foram suspensas à tarde pela concentração de nuvens.
Vijay Kumar Jogdande, um juiz do distrito de Pithoragarh, onde fica a montanha, afirmou que as operações de busca serão retomadas às 5h de segunda-feira (noite de domingo no Brasil), se o clima permitir.
“Esperamos encontrar algumas pistas, mas não é uma tarefa fácil”, disse Jogdande, que acredita que os alpinistas estavam acima dos 6.000 metros de altura no momento da avalanche.
Missões de busca
A segunda missão aérea foi concluída depois de rastrear “o último local conhecido e as pegadas” dos alpinistas do outro lado da montanha, disse Vijay Kumar Jogdande, o principal funcionário público no distrito de Pithoragarh, no estado indiano de Uttarakhand.Pode levar dias para que a área atingida por avalanche onde eles foram vistos pela última vez seja alcançada. A primeira viagem de reconhecimento de helicóptero encontrou barracas, mas nenhuma presença humana.
Segundo funcionários do governo estadual, é improvável que sobreviventes sejam encontrados.
“As chances de sobrevivência são escassas”, disse Jogdande, funcionário do governo indiano.
A taxa de vítimas na região é quase cinco vezes maior do que no Monte Everest, o pico mais alto do mundo, que também fica na Cordilheira do Himalaia.
Superlotação no Everest
Pelo menos 11 pessoas morreram nesta temporada de escaladas no monte Everest, montanha que fica na fronteira entre o Nepal e o Tibete. A maioria das mortes foi atribuída ao cansaço dos alpinistas — piorado, segundo os mais experientes, devido à superlotação no caminho de subida e descida do topo.
Neste ano, o governo nepalês bateu um recorde histórico no número de passes concedidos para a subida: 381. Cada titular de uma permissão é acompanhado por um guia, o que significa que mais de 750 pessoas estão na rota para a escalada, de acordo com os últimos dados disponíveis.
Foto: Reuters