A festa vai começar! Elenco e equipe se reuniram nesta terça-feira, 24, para a coletiva de imprensa de O Rebu, a nova novela das 11, que estreia dia 14 de julho. O casal Sophie Charlotte e Daniel de Oliveira recebeu jornalistas em um estúdio na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, onde a trama está sendo gravada. O cenário escolhido não poderia ser outro: a glamourosa casa de Angela, personagem de Patrícia Pillar.
Com os cabelos curtíssimos e pretos, Sophie falou sobre a transformação para a novela. “Eu me permito viver personagens novos. A mudança radical de visual ajuda a desconstruir a Sophie, pessoa, para o personagem”, comentou a atriz que será Duda. Mas sobre seu novo desafio na TV, ela não entregou nada. “Muitos mistérios de histórias que não posso contar. Posso dizer que é o personagem mais determinado que já fiz.”
Ao lado da namorada, Daniel de Oliveira também falou sobre seu personagem Bruno. “É um oportunista, no decorrer da trama vamos mostrar isso. Na festa, ele não apronta muito, mas antes… Imagino que ele não é tão suspeito.”
Sempre simpático, Tony Ramos comentou sobre seu personagem o empresário Braga. “Ele tem justificativas para tudo em nome das muitas empresas que comanda. É um vilão atípico, porque também é avô, pai de família. Essa contradição dá o lado humano, contraditório do personagem”, explicou o ator, que faz 50 anos de carreira na TV. Durante a apresentação do elenco, ele foi aplaudido de pé pelos colegas.
Patrícia Pillar revelou que acompanhou a primeira versão de O Rebu, que foi ao ar em 1973, e adorou a adapação do seu personagem. “É muito rico o personagem ter se tornado uma mulher, já que nos dias de hoje as mulheres é que estão no poder.”
Veterana de novelas, a atriz Cássia Kis Magro estava empolgada com o novo trabalho e, principalmente, com a dinâmica da novela. “A história vai para frente e para trás. É a primeira novela em que a gente pega capítulo e não joga fora. Eu carrego todos os capítulos. A gente está sempre mexendo nos capítulos pra saber com que roupa estava, como estava meu cabelo. As sequências da festa são as mais difíceis. O Rebu é uma novela totalmente trabalhosa, temos que ficar focados. Na Argentina ficamos no mesmo hotel e ficamos focados, criamos uma união.”
Os autores George Moura e Sergio Goldenberg apresentaram a trama para os convidados. “Estou com um frio na barriga. No documentário, ‘Peões’, do Eduardo Coutinho, em uma das entrevistas, um operário diz: ‘A coisa que eu fico mais feliz é quando eu vejo um caminhão passando porque ali tem uma peça que eu fiz’. O Rebu é isso. Cada um é o pedacinho da engrenagem dessa grande historia”, explicou Moura. Para o autor, um dos maiores desafios da novela será a continuidade, uma vez que a maior parte da trama, os atores usarão o mesmo figurino.
A trama terá três tempos dramáticos: dia da festa, dia da investigação e os flashbacks. “Em relação a primeira versão, acho que a mudança mais substancial seja o ritmo e a quantidade de tramas e assim traz assuntos para o centro da cena que são assuntos dos dias de hoje”, afirmou Moura. Após o sucesso das cenas quentes de Amores Roubados, o diretor de núcleo José Luiz Villamarim não escondeu que a trama também terá um lado sensual. “Tivemos em um país sensual. Precisamos explorar isso. Mas exploraremos com elegância. Teremos sensualidade sim e isso é uma das qualidades brasileira”, adiantou o diretor. George aproveitou para avisar aos curiosos: “Não existe casal homossexual nesta novela.”
Marcos Palmeira retorna à telinha como o delegado Pedroso e confessou que já pensou em abandonar a profissão. “Já pensei em largar a carreira de ator por ser difícil ser artista aqui e ficar lá na fazenda com meus orgânicos. Mas o chamado é mais forte e não dá pra largar a profissão”, afirmou o ator, que criticou o comportamento de alguns colegas. “O mundo de hoje é muito louco. Hoje os jovens artistas têm essa coisa da vida pessoal ser tão importante quantos seus trabalhos para mídia.”
Em sua primeira novela, Jesuíta Barbosa, revelado para o grande público na série Amores Roubados, está sentindo a diferença no ritmo de gravação. “Muda muito o jeito de fazer cada trabalho. Na TV o tempo é mais acelerado. Eu não consigo mensurar o que é mais difícil porque depende da linguagem e do tempo pra construir um personagem”, avisou o ator pernambucano, que está morando no Rio e pretende ficar na cidade maravilhosa.