O juiz Sérgio Moro condenou o ex-presidente do Banco do Brasil e da Petrobras Aldemir Bendine a 11 anos de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro.
O juiz condenou Aldemir Bendine “por receber R$ 3 milhões da Odebrecht como vantagem indevida, em razão do cargo de presidente do Banco do Brasil e de presidente da Petrobras”. Moro determinou que a pena seja cumprida inicialmente em regime fechado.
O juiz afirmou que Bendine deve permanecer na cadeia enquanto recorre da sentença. Ele foi preso em julho de 2017, na 42ª fase da Operação Lava Jato, porque a Justiça considerou que havia o risco dele fugir, de atrapalhar as investigações e de continuar cometendo crimes.
Na sentença desta quarta, Moro destacou a “gravidade dos crimes que envolvem pagamento de vantagem indevida a presidente da Petrobras, nomeado exatamente para resolver os problemas decorrentes da corrupção sistêmica na empresa, a revelando ousadia criminosa e desprezo pela missão recebida”.
Outras quatro pessoas foram condenadas, entre elas delatores da Odebrecht e o publicitário André Gustavo Vieira da Silva, apontado como operador dos pagamentos a Bendine. O irmão de André, Antônio Vieira da Silva, foi absolvido por falta de provas.
O advogado de Antônio Vieira da Silva declarou que lastima o fato de o cliente ter sido preso preventivamente mesmo com a apresentação de informações de que não havia provas contra ele. A defesa afirmou também que considera a situação irreparável.