O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos apresenta aos trabalhadores da Avibras, em assembleia que será realizada na manhã desta terça-feira (16), um pacote de compensação aos 134 demitidos pela empresa e de estabilidade aos funcionários que permanecem na fábrica.
Segundo o sindicato, além dos direitos garantidos na rescisão, a proposta garante aos demitidos com até dois anos de empresa indenização de dois salários nominais e três meses de cesta básica e do valor do convênio médico; aos demitidos com dois a cinco anos de registro, três salários e três meses de cesta básica e do valor de convênio médico; já que têm mais de cinco anos de empresa poderão receber quatro salários e quatro meses de cesta básica e convênio. O teto máximo para todos os demitidos é de R$ 18.300.
O acordo inclui três meses de estabilidade no emprego. A fábrica de Jacareí possui cerca de 1.850 trabalhadores.
“A empresa estava irredutível e acenava com mais demissões. Este acordo só foi possível graças à mobilização e à paralisação dos trabalhadores”, disse o diretor sindical José Dantas Sobrinho, que participou da reunião com representantes da empresa nesta segunda-feira. As negociações começaram às 10h e só terminaram por volta das 19h.
Os metalúrgicos estavam em estado de greve desde sexta-feira quando a empresa anunciou os cortes. Na manhã desta segunda-feira (15), segundo Dantas, os metalúrgicos fizeram uma assembleia e decidiram cruzar os braços na tentativa de reverter as demissões. A paralisação teria afetado 100% da produção.
No final da tarde desta segunda-feira, A Avibras divulgou uma nota declarando que considerou arbitrária a atitude do sindicato, que não teria realizado assembleia e teria impedido a entrada dos trabalhadores na fábrica, por meio de ameaças e constrangimento.
Dantas nega qualquer tipo de constrangimento e disse a paralisação foi aprovada em assembleia. “Os trabalhadores decidiram não entrar na fábrica”, afirmou.
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