Após iniciar o domingo derrotando Dusty Payne com autoridade e um show de tubos na repescagem (2ª fase), o brasileiro Gabriel Medina subiu mais um degrau em sua busca pelo bicampeonato mundial. O paulista de São Sebastião desbancou o australiano Josh Kerr no round 3 e garantiu a sua classificação para a próxima fase. Mas não foi sem emoção. Depois de uma bateria dura com o australiano no controle a maior parte do tempo, o paulista de Maresias conseguiu a virada bem no finzinho com um aéreo simples, que valeu a nota que ele precisava para se garantir no round 4. Medina venceu com somatório de 10.00 (6.57 + 3.43) pontos contra 9.83 de seu adversário (3.83 + 6.00), que se
aposenta do CT após a derrota.
– Estou feliz de ter achado minhas ondas. Foi bem difícil. As ondas não estavam ajudando e espero que amanhã melhore. Foi por pouco (que não completei o backflip), mas estou feliz de ter dado tudo certo, e Deus está do nosso lado. Vi a esquerda ali na hora, resolvi abrir e deu tudo certo. Consegui dar um aéreo no final. Não vi (a bateria do John John), eu vi pelas notas (risos) – comentou Gabriel Medina, falando do adversário e de um backflip que tentou, mas não teve a descida perfeita e que, certamente, valeria mais.A exemplo do que ocorreu na segunda fase, a WSL seguiu com o sistema de “dual heats”. Nele, as baterias acontecem de forma simultânea na água. Cada uma dura 40 minutos e, no meio deste período, começa a bateria seguinte. Além da prioridade entre os adversários de cada bateria, há preferência de ondas para os surfistas que estão na bateria há mais tempo no mar. Tudo para recuperar o tempo perdido pelos “lay days” para que a janela em Pipeline seja cumprida. Gabriel Medina e John John Florence ficariam na água, cada um em sua bateria, mas a organização do campeonato preferiu mudar a ordem para evitar o encontro entre os dois surfistas, ainda que não fossem competir um contra o outro diretamente.
(Foto: WSL / Tony Heff)