Após um mês de greve, os cerca de 400 trabalhadores da chinesa Chery voltaram ao trabalho nesta segunda-feira (30) na fábrica de Jacareí (SP). O fim da paralisação foi decidido em assembleia da categoria no início da manhã em frente à empresa.
Os metalúrgicos aceitaram a proposta de reajuste de 1,73% oferecida pela empresa, além da manutenção do acordo coletivo. O acordo também prevê o pagamento dos dias de paralisação – na última semana a Chery havia cortado os salários dos funcionários que aderiram à greve.
“O reajuste salarial ficou abaixo do que esperávamos, mas conseguimos garantir direitos dos trabalhadores com o acordo coletivo. Além dos valores que não estavam sendo pagos com a greve”, disse o diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de São José, Guirá Borba de Godoy.
Os trabalhadores estavam em greve desde o dia 28 de setembro em reivindicação por reajuste salarial. De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos, a categoria pedia ao menos 3,73% de aumento e renovação do acordo coletivo enquanto a empresa oferecia apenas a reposição da inflação – 1,73%.
Apesar de não conseguir o reajuste salarial pretendido, os trabalhadores garantiram a manutenção do acordo coletivo, que garante impede a implantação integral de novas regras previstas na reforma trabalhista – como a terceirização de atividades fim, por exemplo.
A fábrica da Chery produz cerca de 30 veículos por dia dos modelos QQ e Celer. A chinesa também deve realizar a produção do Tiggo 2 na unidade. O aspirante de SUV terá motor 1.5 flex e câmbio de cinco marchas.