Os militares das Forças Armadas começam a deixar a comunidade da Rocinha, no bairro de São Conrado, na zona sul do Rio. O primeiro comboio saiu do local por volta das 4h desta sexta-feira (29), de acordo com informação da assessoria de imprensa do Comando Militar do Leste.
As tropas estavam na comunidade desde a última sexta-feira (22), quando foram acionadas por solicitação do governo fluminense em função de um conflito entre traficantes rivais pelo controle de pontos de venda de drogas na região.
De acordo com o ministro, a situação na Rocinha está estabilizada com o fim de confrontos violentos entre os traficantes. Na avaliação de Jungmann, os resultados das operações desencadeadas nos últimos dias também mostram redução nas apreensões de armas e nas prisões de criminosos.
Além disso, com o deslocamento de traficantes da comunidade para outras regiões, de acordo com o ministro, não há motivo para manter o efetivo de 950 militares no local e deixar outras áreas da cidade sem o apoio das Forças Armadas.
“Os bandidos que lá estavam conseguiram passar para outras comunidades próximas, então não fazia sentido permanecer com todo esse efetivo, mas sim deslocar o efetivo para outras comunidades, outros lugares onde eles possam ser devidamente capturados”, disse.
Segundo Jungmann, se houver necessidade do retorno dos militares à Rocinha, caso a situação volte a se agravar, há um entendimento com o governo estadual para analisar o pedido com rapidez. “Isso será uma coisa desburocratizada e muito rápida, porque estabelecemos um plantão dentro das nossas unidades militares, que podem rapidamente chegar de volta à Rocinha ou chegar a outras comunidades se se fizer necessário e o governo e a Segurança do Rio de Janeiro pedirem”, informou.
Na avaliação do ministro, o trabalho que foi feito desde a chegada das Forças Armadas, apresentaram resultados comprovados e sem a ocorrência de vítimas. “Encontramos uma Rocinha em guerra e deixamos uma Rocinha, neste momento, estabilizada. Em segundo lugar, apreendemos uma grande quantidade de fuzis, de bandidos, de carregadores, de pistolas, de granadas, de drogas e de munição. Em terceiro lugar, isso foi feito sem que um único morador fosse ferido e uma única criança fosse atingida, da sorte que eu acredito que o resultado foi positivo, embora sabendo que a mudança em termos estruturais de segurança da Rocinha, como do Rio de Janeiro, vai levar ainda bastante tempo”, apontou.
Jungmann destacou que as operações integradas no Rio, com o emprego das forças de segurança federais, vão continuar conforme está definido no decreto de Garantia da Lei e da Ordem, assinada pelo presidente da República, Michel Temer, em julho. “A todo vapor e sem nenhuma descontinuidade, nós vamos continuar atuando porque esse é o desejo da população do Rio de Janeiro. As autoridades têm de atender a esse desejo e é também uma determinação do presidente Michel Temer”, disse.