Após bater recorde com a apresentação mais longa da história do Rock in Rio, no último sábado (23), o Guns N’ Roses retornou a São Paulo nesta terça-feira (26) para o que prometia ser uma reprise da maratona de três horas e meia que fizeram dias antes.
Com um atraso de 16 minutos que remeteu aos tempos áureos da banda, quando os músicos levavam até duas horas além do horário marcado para se sentirem prontos, o grupo subiu ao palco do Allianz Parque.
O show do conjunto californiano encerra a primeira edição do São Paulo Trip, festival que importou os principais roqueiros do primo carioca.
Lá estava novamente o trio fundador da banda -Axl Rose, Slash e Duff McKagan- que voltou a tocar junto em 2016 e chegou a passar pelo Brasil no mesmo ano. O repertório também replicou o do show no Rio.
Até o solo de Slash, com ares de improvisação, foi reproduzido com trechos de “Johnny B. Goode”, de Chuck Berry, e “Speak Softly Love”, tema de “O Poderoso Chefão”, já na segunda metade do show.
“It’s So Easy” e “Mr. Brownstone”, do álbum de estreia, “Appetite for Destruction”, e “Chinese Democracy”, do disco mais recente do grupo, homônimo, deram o start.
Foi em “Welcome to the Jungle” a primeira catarse do público, que ainda iria se esgoelar também em outros clássicos, como “Sweet Child O’ Mine”, “Don’t Cry” e “Patience”.
Axl teve bons momentos que mostravam uma performance superior às das últimas apresentações no país, como na própria “Welcome to the Jungle” e “Live and Let Die”. O cantor, contudo, deslizou em outros temas, como “Estranged” e “This I Love”, reiterando a impressão de que sua voz é uma lembrança saudosista.
Com Slash e Richard Fortus em violões, a banda fez uma boa versão de “Wichita Lineman”, de Jimmy Webb, popularizada na voz do ícone country Glen Campbell – uma das muitas versões integrais e referências musicais citadas durante o show.