O arquipélago de Alcatrazes, segunda maior unidade de conservação marinha do Brasil, localizado no litoral norte de São Paulo, deve ser aberto a turistas a partir de janeiro de 2018. A portaria do Governo Federal que regulamenta a visitação no local será assinada nesta quarta-feira (13).
A previsão é que o ecoturismo no local tenha início em janeiro de 2018, já que será necessário o cadastramento de empresas para fazer o transporte marítimo de turistas até o arquipélago. Após a assinatura da portaria, será aberto um período de 45 dias para esse cadastramento.
Além do transporte até o local, 30 pessoas da região serão contratadas e participarão de um curso para capacitação. Elas serão responsáveis por organizar o passeio, garantir a segurança e evitar impacto ambiental.
A previsão é que sejam permitidas a visitação de no máximo 17 embarcações por dia. De início não será cobrada taxa para acesso ao arquipélago.
“Por enquanto, é uma visitação experimental para a gente entender qual a demanda. O turista pode fazer o passeio náutico, contemplar as belezas naturais e ainda fazer o mergulho”, explicou Kelen Leite, chefe da Estação Ecológica do Tupinambás, gestora do refúgio.
O arquipélago, também usado como zona militar até 2013 para treino de tiro de guerra, tinha o acesso restrito e a visitação era permitida apenas com a intenção de pesquisa. O uso do espaço e recursos, como pesca e extração, continuam proibidos. O local é considerado berçário de espécies, inclusive em extinção.
O arquipélago de Alcatrazes foi oficializado como Refúgio de Vida Silvestre há cerca de um ano e, com isso, passou a ser totalmente protegida e liberada à visitação e mergulho. O local tem 67 mil hectares e 13 ilhas a cerca de 40 quilômetros da costa de São Sebastião (SP).