A polícia da Espanha persegue nesta sexta-feira (18/8) a pista dos autores dos atentados que aterrorizaram Barcelona e a região da Catalunha, com um balanço de 13 mortos e mais de 100 feridos em atropelamentos. Durante a noite, cinco “supostos terroristas” foram mortos na turística localidade de Cambrils, 120 quilômetros ao sul de Barcelona. Mais três pessoas foram detidas em outras duas cidades da Catalunha, uma região autônoma com polícia própria, de acordo com as autoridades.
A principal hipótese dos investigadores é a de que todos eles estão relacionados com o ataque da quinta-feira à tarde em Barcelona, quando uma van branca avançou em alta velocidade pela avenida central Las Ramblas, uma longa via repleta de turistas no momento, e atropelou dezenas de pessoas antes de parar o veículo. O motorista desceu da van e fugiu pelas ruas estreitas próximas e até o momento não foi localizado pela polícia.
O presidente regional Carles Puigdemont declarou à rádio Onda Cero que existe a suspeita de que um terrorista continua solto, mas as autoridades desconhecem sua “capacidade de provocar dano”. “Nas próximas horas vão continuar acontecendo detenções”, disse. O balanço é de 13 mortos e mais de 100 feridos, mas o número de vítimas fatais pode aumentar porque 15 pessoas se encontram em estado grave, advertiu o secretário do Interior da Catalunha, Joaquim Forn.
Um Audi A3 tentou atropelar a multidão na avenida da orla de Cambrils, um destino turístico familiar da província de Tarragona. O carro bateu em um veículo da polícia regional catalã, os Mossos d’Esquadra, o que provocou uma troca de tiros, informou o governo catalão.
Na operação, “cinco supostos terrorista” morreram e um policial e seis civis ficaram feridos, um deles em estado crítico. “Estávamos no calçadão. Escutamos disparos. Pensamos que poderiam ser fogos de artifício, mas era um tiro depois do outro”, disse à AFP Markel Artabe, de 20 anos, funcionário de um restaurante.
Prisões
Na manhã desta sexta-feira, a polícia anunciou a detenção de uma pessoa em Ripoll (norte da região), onde algumas horas antes já havia sido detido o marroquino Driss Oukabir. Outro suspeito nascido em Melilla, um território espanhol ao norte do Marrocos, foi detido 200 quilômetros ao sul de Barcelona após uma detonação na quarta-feira à noite de uma casa onde os agentes suspeitam que eram preparados artefatos explosivos.