Foi identificado como Luiz Cláudio Marigo, de 63 anos, o idoso que morreu em frente ao Instituto Nacional de Cardiologia (INC), em Laranjeiras, na Zona Sul do Rio, após passar mal em um ônibus na tarde desta segunda-feira (2). A identificação foi feita pela família. Segundo informações dos familiares, ele era um fotógrafo de natureza. O enterro deve ocorrer no cemitério São João Batista, mas o horário não foi divulgado.
Ele desmaiou dentro do coletivo e o motorista, avisado pelo cobrador, tentou socorro na unidade de saúde, que enfrenta greve de servidores federais. No local, eles foram informados que o hospital não possui emergência.
Uma ambulância que chegava para deixar outra paciente prestou os primeiros socorros à vítima, que chegou a ser reanimada, mas desmaiou novamente. O Corpo de Bombeiros foi acionado, mas, segundo o motorista, só apareceu após 25 minutos, segundo testemunhas. Eles tentaram reanimar o homem, que não resistiu e morreu no local. Os médicos do hospital também só apareceram após a chegada dos bombeiros, quando o homem já tinha morrido.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, a “coordenação médica da corporação foi acionada às 11h39. Uma ambulância do Humaitá foi despachada para o local chegando ao endereço de registro às 11h59. Os militares realizaram os procedimentos para reanimar a vítima, mas o senhor, de aproximadamente 70 anos, morreu no local. A corporação se solidariza com a família e vai apurar as circunstâncias do atendimento internamente”.
Segundo a assessoria de imprensa da unidade, o INC informou que não houve tempo de prestar socorro ao homem que passou mal. “De acordo com a pessoa que o acompanhava, ele já apresentava dores fortes no peito quando o ônibus em que estavam parou em frente à unidade para pedir socorro. Apesar de não estar credenciado a atender emergências, o INC deixou a postos uma equipe de médicos e um leito para atendimento. Técnicos do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que estavam transportando outro paciente para o hospital, tentaram reanimá-lo, mas ele não resistiu. O homem não pode ser retirado do ônibus, pois o movimento dificultaria a reanimação”, diz a nota.
De acordo com informações da 10ª DP (Botafogo), o caso está sendo investigado. A perícia de local foi realizada, o motorista e o cobrador do ônibus ouvidos e outras duas testemunhas serão intimadas a depor. Ainda segundo os agentes, caso haja indícios de omissão de socorro, será apurada a responsabilidade.