O Botafogo abriu o segundo turno do Brasileirão com uma importante vitória no confronto dos nossos reservas com os do Grêmio. Após perder duas vezes consecutivas no Estádio Nilton Santos, contra São Paulo e Palmeiras, o Glorioso reencontrou o caminho dos 3 pontos no torneio nacional. Com o triunfo, o Glorioso saltou da 12ª para a 8ª posição e voltou a se aproximar do bolo da briga pelas seis vagas na Libertadores.
Conseguir um gol logo aos 6 minutos de bola rolando nos passou a falsa impressão de que a vitória seria tranquila. No entanto, a bela troca de passes que resultou no primeiro gol de Leandrinho no Brasileirão não facilitou em nada a nossa missão. Com um ataque veloz e perigoso nas bolas paradas, o Grêmio martelou nossa intermediária atrás da igualdade no placar.
Esbarrou nas boas defesas de Gatito que, em mais uma marcação bastante duvidosa, agarrou o seu sétimo pênalti na temporada. A arbitragem do senhor Wagner Reway, aliás, foi bastante tendenciosa. Faltas e cartões para um lado não tinham o mesmo critério para o outro; no pênalti, sua convicção foi assustadora, já que nem com os replays tivemos certeza do toque no braço de Matheus Fernandes. Já virou rotina no Brasileirão e, pior, quase sempre dentro de nossa casa.
No entanto, valorizemos o jogo: embora poupando praticamente todos os titulares, as duas equipes buscaram o gol e proporcionaram um jogo bastante agradável. Se o Grêmio esbarrou em nosso goleiro, o Botafogo pecou pela individualidade e falta de pontaria. A vitória poderia ter sido bem mais tranquila do que foi, poupando nossos corações para os confrontos decisivos das próximas semanas.
O ponto negativo foi a individualidade que o setor ofensivo mostrou em alguns lances. Valencia voltou a prender a bola e irritou Guilherme; nervosinho, ele decidiu retribuir a “fome” e isolou a bola, de frente para o gol, enquanto dois companheiros invadiam a área, totalmente livres, um de cada lado. Hoje não fez falta, mas esse tipo de comportamento pode nos comprometer seriamente no futuro – além de não combinar nem um pouco com as características que nos trouxeram até aqui.
Importante registrar também que, com duas ou três contratações, a nossa equipe reserva acabou ficando também bem mais encorpada, possibilitando que Jair tenha confiança de rodar o grupo e preservar as principais peças para os jogos de maior importância. Ter um elenco homogêneo é um dos segredos para uma temporada regular, sem sustos e com equilíbrio físico. Ninguém repete ótimas campanhas como a nossa atual sem um planejamento decente.
Com as duas vitórias desta semana, a expectativa é que a torcida não tenha desculpas para não lotar novamente nossa casa – desta vez, contra aquele rival que não tem estádio e é filho da mídia. As vendas ainda não engrenaram e temos só mais dois dias de compra antecipada. Não deixe de comparecer e dar seu apoio a esse grupo dedicado e merecedor. Vamos fazer historia!