Mesmo sem força máxima, o Fluminense um feito inédito na altitude de Quito na noite desta quarta: em competições oficiais, o clube nunca havia vencido jogando acima de 2 mil metros. Com Scarpa poupado, Abel escalou três volantes, tirou um atacante para pôr um zagueiro no intervalo e alcançou a virada fora de casa.
Mesmo assim, a atuação não foi a das melhores. Durante os 90 minutos, o Universidad Católica teve mais posse de bola (56%), mais passes certos, finalizações e desarmes. A falta de criatividade do time de Abel pode ser explicada pelos desfalques – principalmente do camisa 20
– É claro que a equipe sente muito a falta do Sornoza. Ele passa muita confiança aos companheiros, para a comissão, a torcida… Vinha fazendo a diferença. Por isso estamos com muitos problemas. É um jogador fabuloso, que descontrai o ambiente, muito querido por todos e de grande capacidade técnica – disse Abelão, que não costuma lamentar desfalques. Perdemos Scarpa, Douglas, Sornoza… Esse meio-campo nunca jogou junto.
Com pouca verba disponível, o Fluminense deu tiros certeiros em 2016 nas contratações de Orejuela e Sornoza, vindos do futebol equatoriano. A dupla, inclusive, está na mira do treinador da Seleção, Gustavo Quinteros. O técnico Abel Braga explica a vinda dos reforços sul-americanos e reforça a confiança dos atletas sul-americanos.
– Muitos clubes brasileiros vivem problemas financeiros. Se estamos contratando equatorianos, é porque têm valor. Acreditamos neles. Não são contratados porque são bonitos. E sim porque têm capacidade – afirma o comandante tricolor, antes de exaltar seus jogadores.
– Estou muito contente com Sornoza e Orejuela. Prova que a mesma confiança que temos nos equatorianos, vocês têm que ter. São jogadores de qualidade. A seleção equatoriana é muito mais forte agora do que há cinco anos.