Um homem de 26 anos foi detido em Santa Branca, na manhã desta terça-feira (25), durante uma operação da Polícia Federal no combate a exploração sexual de crianças e pornografia infantil. A investigação iniciada em Curitiba (PR) foi deflagrada em 51 cidades em 14 Estados.
Em todo o país, a segunda fase da Operação Glasnot (transparência em Russo, país de origem do servidor utilizado pelos investigados) cumpriu 72 mandados de busca e apreensão, três mandados de prisão e dois mandados de condução coercitiva. E 30 suspeitos foram presos em flagrante por posse de pornografia infantil.
Segundo o delegado Ricardo Carneiro, chefe de Comunicação Social da Polícia Federal de São José dos Campos, na região houve apenas o cumprimento de um mandado, mas que o investigado foi liberado após depoimento.
“A operação é nacional, mas na região foi apenas um mandado de busca e apreensão. O rapaz foi intimado a depor e na análise preliminar não foi encontrado material de origem pedófila. Por essa razão, não houve prisão em flagrante delito, sendo liberado após ser ouvido”, diz Carneiro.
A operação em Santa Branca foi cumprida por um delegado, dois agentes federais e um escrivão, que apreenderam computadores e equipamentos eletroeletrônicos para análise da perícia, de acordo com a PF.
Operação
Em nota a Polícia Federal declarou, que na primeira fase da operação, ocorrida em novembro de 2013, 30 pessoas foram presas e cumpriram 80 mandados de busca. As investigações com apoio internacional tiveram continuidade, culminando na ação deflagrada nesta terça-feira (25).
Confira a nota sobre a Operação Glasnot:
“A investigação teve início do monitoramento de um site russo, utilizado como uma espécie de ponto de encontro de pedófilos do mundo todo, e resultou na identificação de centenas de usuários, brasileiros e estrangeiros, que compartilhavam pornografia infantil na internet, bem como de diversos abusadores sexuais e produtores de pornografia infantil, tendo sido identificadas, ainda, diversas crianças vítimas de abuso.
Os investigados produziam e armazenavam fotos e vídeos de crianças, adolescentes e até mesmo de bebês com poucos meses de vida, muitos deles sendo abusados sexualmente por adultos, e as enviavam para contatos no Brasil e no exterior.
Anteriormente à deflagração da segunda fase da operação, foram cumpridas medidas urgentes nas cidades de Osasco/SP, Presidente Prudente/SP, Porto Alegre/RS, Vila Velha/ES, Jundiaí/SP, Praia Grande/SP, Campo Grande/MS e Cachoeira do Itapemirim/ES, tendo em vista a identificação de casos concretos de abusos sexuais contra crianças. Em todos os casos, foram presos os abusadores e identificadas às vítimas dos abusos.”