Sem Luis Fabiano nem Nenê, Milton Mendes olhou para a base, apostou e se deu bem. Os dois gols de Paulinho sobre o Atlético-MG, além das atuações de Paulo Vitor, Mateus Vital e Guilherme, reforçaram a opção que o treinador vem tomando de apostar cada vez mais nos pratas da casa do Vasco, em detrimento dos medalhões. Atualmente, sob diferentes aspectos, este parece ser o melhor caminho para o Cruz-Maltino em 2017.
O fator técnico
Tecnicamente, os garotos dão sinais do potencial desde as categorias inferiores. São uma geração promissora trabalhada com cuidado pelo Vasco, com atenção física e psicológica. O resultado do trabalho aparece quando Paulinho, 17 anos, e Paulo Vitor, 18, são titulares dos profissionais pela primeira vez num dos campos mais difíceis do Brasil – o Independência atleticano – e atuam com tranquilidade.
Antes de Paulinho e Paulo Vitor, Milton já havia dado espaço a outros meninos. Mateus Vital começou o Brasileiro como titular, perdeu espaço e retornou contra o Galo – o que evidencia o cuidado do treinador com os jovens. Outros garotos tiveram chances, mas ainda não aproveitaram tanto: o lateral Alan, o volante Andrey e o meia Evander são exemplos de quem ainda pode dar sua contribuição. Ainda há o zagueiro Ricardo e o volante Bruno Cosendey no sub-20.
O fator financeiro
O saldo, porém, é positivo. Enquanto Nenê está às voltas com uma possível saída, e Luis Fabiano ainda se recupera de inquietantes dores no quadril, o Vasco encontra em seus garotos a profundidade de elenco que tanto precisa num Brasileirão longo e complicado. Com um bônus: sem gastar com salários exorbitantes e nem milhões investidos em direitos econômicos.
Não é à toa que, recentemente, a diretoria liberou jogadores mais experientes, como Andrezinho, Julio dos Santos e Bruno Gallo. Seus substitutos vêm da base. Podem ser Andrey, Bruno Cosendey e Guilherme.