O ex-integrante do grupo Polegar Ricardo Costa foi preso por engano na manhã desta terça-feira (27), em Taubaté, durante uma operação da Polícia Civil.
Ele ficou detido por uma dívida de pensão alimentícia que já havia quitado. O ex-músico acabou liberado no fim da tarde.
O mandado de prisão que chegou inicialmente à Polícia Civil apontava que o ex-Polegar teria descumprido um acordo judicial para o pagamento de uma dívida de cerca de R$ 12.500 com a ex-mulher. Porém, na delegacia, Ricardo alegava que já havia quitado o débito.
“Chegou para nós e cumprimos o mandado que ainda estava em aberto. Não tínhamos o contramandado, e, depois que ele disse em depoimento que teria quitado a pensão, cumprimos os trâmites e consultamos o Fórum de Taubaté, que apresentou o documento que anulava o mandado de prisão, confirmando os pagamentos”, disse o delegado Seccional de Taubaté, José Antonio de Paiva Gonçalves.
“No total, hoje foram 36 detidos entre prisões e apreensões, mas não são todos que ficaram presos. Eles são encaminhados à delegacia, onde são tomadas as providências policiais e judiciárias, e podem ser soltos”, acrescentou.
Queda de braço
A prisão havia sido solicitada pelo advogado da ex-mulher, Helio Barbosa, que apontou “má fé” de Ricardo Costa no atraso dos pagamentos e descumprimento do acordo, mesmo após ganhar um prêmio em um programa televisivo.
“Ele devia 25 prestações, totalizando R$ 12.500 de atraso, que se comprometeu em acertar se conseguisse vender o ônibus [que o ex-músico usava como food truck]. Por fim, não acertou e ainda atrasou mais duas prestações. Por bem, decidimos pedir a prisão para ele sentir o peso da mão da Justiça”, disse Barbosa.
De acordo com o advogado da ex-mulher, o ex-Polegar teria fechado a venda do food truck, que usava para vender lanches em Taubaté, por R$ 110 mil.
“Ao ser preso, o Ricardo confessou ao delegado que tinha vendido o ônibus. Ele também ganhou um equipamento para um negócio de pizzaria no valor de R$ 50 mil no programa do Rodrigo Faro. Então, ele tinha em mãos cerca de R$ 160 mil e não havia pago o acordado”, afirma o advogado.
O acordo entre o ex-Polegar e a ex-mulher sobre as pensões alimentícias atrasadas do filho de 9 anos foi feito em março deste ano.
“Fechamos em acordo judicial que ele pagaria R$ 12.500 em 27 parcelas ou logo que conseguisse vender o ônibus, mais 70% do salário mínimo para os pagamentos seguintes da pensão. Mas ele atrasa muito, fala que tem que acertar a vida dele, que tem a pensão de outro filho e não cumpre as datas”, diz Barbosa.
O advogado de Ricardo Costa, André Luiz Stacini, foi procurado pela reportagem, mas não retornou as ligações até a publicação desta notícia.