Todas as atenções da 101ª edição das 500 Milhas de Indianápolis estavam voltadas para Fernando Alonso. Afinal, o bicampeão mundial da Fórmula 1 abriu mão do badalado GP de Mônaco para se aventurar na também badalada prova no oval americano. E o espanhol mostrou por que é considerado um dos melhores pilotos da história. Era sua primeira Indy 500, mas parecia que ele andava na categoria há décadas: a bordo da McLaren-Andretti, largou em quinto, fez diversas ultrapassagens, chegou a liderar em diversas ocasiões, mostrou sobriedade em 100% do tempo, mas acabou abandonando a 22 voltas do fim. Ironicamente, foi justamente o motor Honda, que tanto lhe deixou na mão este ano na F1, que estourou e o fez deixar a prova quando se encontrava no top 10.E quiseram os deuses do automobilismo que a vitória acabasse nas mãos de um piloto com passagem pela F1 muito menos expressiva que Alonso: Takuma Sato. O japonês da Andretti-Autosport levou a melhor em uma emocionante briga com o brasileiro Helio Castroneves, da Penske, nas voltas finais e bebeu pela primeira vez o leite destinado ao vencedor da tradicional prova. Ao menos, Helinho assumiu a liderança da temporada 2017 da Fórmula Indy, com 245 pontos.