Prefiro que chore a mãe do outro”. Essa foi a posição de Maicon, zagueiro do São Paulo, atendendo a insistência de jornalistas sobre o gesto de fair play de Rodrigo Caio no clássico contra o Corinthians. Na ocasião, Maicon mostrou que não condenava o companheiro, mas não faria o mesmo.Neste domingo, Dia das Mães, a mãe de Maicon e de todos os são-paulinos “choraram”, e muito por responsabilidade do zagueiro. No duelo contra o Cruzeiro, no Mineirão, pela estreia no Brasileiro, o jogador cochilou na recomposição de uma cobrança de lateral e acabou permitindo ao time mineiro, no qual iniciou a carreira, fazer o gol da vitória por 1 a 0. Sorte do argentino Ábila, que fez sua mãe e de todos os cruzeirenses felizes.
O lance de Maicon, aoos dois minutos do segundo tempo, foi crucial. Até então, a partida era muito equilibrada, com o São Paulo ligeiramente superior pelo nível de chances criadas, com Cueva, o bom estreante Marcinho e Júnior Tavares. À Raposa restava a força de área de Abila. A verdade é que os dois erravam muito.
O equílibrio foi técnico e tático, mesmo com Rogério Ceni no 3-4-3, promovendo a estreia do jovem Éder Militão, e Mano Menezes no habitual 4-2-3-1. Fora um descuido ali, outro acolá, como o de Rodrigo Caio para Ábila sair na cara do gol, nenhum dos dois goleiros sofria muito até a infelicidade de Maicon que revoltou Renan Ribeiro, guarda-metas do Tricolor.
Depois do gol, Ceni tentou de tudo para chegar à igualdade. Tirou o irreconhecível Cueva, lançou Luiz Araújo, Thomaz, Gilberto… Nada! A má fase do time, com muitos jogadores muito abaixo, é nítida e preocupa. As três eliminações não são fáceis de serem digeridas.
Já o Cruzeiro não impressionou, mas é sempre importante começar fazendo o dever de casa. A vitória dá ânimo após a queda na Copa Sul-Americana. Arrumadinho, o time de Mano pode brigar lá em cima.
O parabéns fica para todas as mães. São preciosas, independentemente dos erros dos filhos.