Fagner pode ficar fora da decisão do Campeonato Paulista, entre Corinthians e Ponte Preta, neste domingo, às 16h, em Itaquera. Por três votos a dois, o lateral-direito do Timão foi suspenso por uma partida, em julgamento realizado pelo Tribunal de Justiça Desportiva de São Paulo, nesta terça-feira à tarde, na sede da Federação Paulista de Futebol. O Corinthians tentará um efeito suspensivo para contar com Fagner no segundo jogo da final do Paulistão.
O jogador, que não compareceu ao julgamento, foi denunciado no artigo 250 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva – praticar ato desleal ou hostil – por causa de uma confusão com o meia peruano Cueva, do São Paulo, durante o segundo jogo das semifinais do Campeonato Paulista, em Itaquera. O jogador do Tricolor recebeu uma advertência.
– Decisão de 3 a 2 não pode deixar um jogador fora de uma partida decisiva. A batalha não está perdida, vamos entrar com pedido de efeito suspensivo. Tenho a mais absoluta certeza de que o Fagner vai jogar a final – disse o advogado do Corinthians, João Zanforlin.
Caso a punição seja confirmada, Fagner será o terceiro desfalque do Corinthians para a decisão e dá espaço para a entrada do garoto Léo Príncipe, reserva imediato da posição. No domingo passado, o técnico Fábio Carille perdeu o volante Gabriel e o meia Rodriguinho, punidos com o terceiro cartão amarelo.
Advogado do Corinthians, João Zanforlin lamentou o uso de imagens de vídeo para se julgar um atleta que não foi punido pela arbitragem. Ele lembrou da agressão sofrida por Neymar, nas quartas de final da Copa de 2014, contra a Colômbia.
– Causa tristeza que ainda se use o videotape para denunciar atletas de futebol. Tivemos um exemplo em 2014 que deveria liquidar de todas as maneiras esse negócio de apitar jogo pelo tribunal. É o caso Neymar. Mais de 500 advogados foram contratados pela CBF para que o jogador da Colômbia fosse denunciado, e a Fifa não aceitou – falou Zanforlin, ao defender Fagner.
Além do advogado, o Corinthians também enviou o diretor de futebol Flávio Adauto ao julgamento na FPF.