General Motors pediu à Justiça para mediar um acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos para adotar a suspensão dos contratos de trabalho ‘layoff’ na fábrica no Vale do Paraíba. As negociações duram mais de um mês e a proposta foi apresentada aos trabalhadores em assembleia porque o sindicato recusou os moldes propostos pela montadora. A entidade diz ainda que negocia e que exige da multinacional estabilidade no emprego no retorno ao trabalho.
De acordo com o documento protocolado na última terça-feira (18) no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) a empresa pede a mediação porque considera que o sindicato estaria ‘intransigente com a negociação’. No pedido, a GM justifica que tem um excedente de 1,6 mil trabalhadores na unidade desde março e que a suspensão de contratos seria para adequação da mão de obra à demanda do mercado.
Nas reuniões, o sindicato exige que a montadora ofereça estabilidade no
emprego após o fim do layoff, o que não teria sido oferecido como item no acordo sugerido pela empresa. A entidade alega ainda que que os lucros anunciados pela GM não justificam a adoção de tal medida.
No documento, a empresa alerta que a medida é ‘urgente para não ter que tomar outras medidas’ – não foram citadas quais. De acordo com o TRT, uma audiência entre as parte para negociação está marcada para a próxima quarta-feira (26), às 13h30, em Campinas.