Diante do Peñarol, na semana passada, o técnico Eduardo Baptista escalou o Palmeiras com um time que poderia ser considerado o ideal, com os principais jogadores do elenco. Faltava apenas Jean, que se recuperava de uma lesão. A vitória aconteceu, mas no sufoco. Neste domingo (16), diante da Ponte Preta, o suposto “time ideal” voltou a jogar – agora com Jean inclusive -, mas fracassou feio e perdeu por 3 a 0. É um indicativo de que, na verdade, Baptista ainda não achou a melhor formação para equipe.
Esse primeiro “time ideal” de Baptista tinha Fernando Prass; Jean, Yerry Mina, Edu Dracena e Zé Roberto; Felipe Melo; Willian, Guerra, Tchê Tchê e Dudu; Borja. A partir de agora, as mudanças podem passar tanto por uma alteração no esquema tático, pois o time precisa de uma variação ao 4-1-4-1; como também será necessário fazer alterações na escalação.
Na zaga, por exemplo, parece urgente a necessidade da volta de Vitor Hugo. Titular absoluto do time em 2015 e 2016, ele teve momentos de instabilidade nesse começo de ano, que coincidiram com boas atuações de Edu Dracena. Mas no jogo contra Ponte fez falta um zagueiro mais rápido e com melhor desempenho nas jogadas aéreas defensivas e ofensivas.
Na lateral esquerda, Zé Roberto foi muito criticado pela atuação contra a Ponte Preta. O reserva, Egídio, nunca mostrou ser confiável. Por isso um revezamento mais frequente entre os dois parece ser o ideal.
No meio-campo os dois volantes, Felipe Melo e Tchê Tchê, merecem continuar na equipe principal por enquanto. O capitão Dudu é intocável. Mas as outras duas vagas estão abertas. Guerra tem alternado boas e más atuações, principalmente por causa de questões físicas. Raphael Veiga e Michel Bastos podem revezar no setor central também.
E na ponta direita existe a maior briga por posição: Willian tem ganhado a disputa por causa do oportunismo para fazer gols. Mas Róger Guedes também teve grandes atuações, com assistências importantes. E ainda há Keno, que se destacou saindo do banco de reservas em alguns jogos.
Tantas opções podem ser uma boa notícia ou um grande problema para Eduardo Baptista. Ele precisa achar um meio termo entre fixar um time ideal e também revezar os jogadores do elenco, criando variações táticas para equipe. A derrota contra a Ponte mostrou que, por enquanto, o técnico não achou esse equilíbrio.