O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos informou nesta segunda-feira que a General Motors decidiu cancelar as férias coletivas dos trabalhadores da fábrica de São José dos Campos, programada para o próximo mês.
De acordo com o presidente da entidade, Antonio Ferreira de Barros, o Macapá, a decisão da montadora foi motivada por “atraso no volume da produção”.
Em postagem nas redes sociais, o dirigente sindical relatou que a GM irá dar folga aos empregados nos dias de jogo do Brasil na Copa.
Macapá informou na postagem que em julho a montadora planeja conceder 15 de férias coletivas na primeira quinzena do mês.
Paralisação. A GM havia programado férias coletivas de 12 a 29 de junho na fábrica de comerciais leves e de 12 a 23 de junho na fábrica de transmissões e CKD (kits para exportação).
A empresa também havia programado folga nos dias 12, 17 e 23 de junho, participação do Brasil na primeira fase da Copa.
Segundo a montadora, a medida tinha o objetivo de ajustar o volume de produção à atual demanda do mercado brasileiro.
A empresa havia programado também férias coletivas para as unidades de São Caetano do Sul, no ABC paulista, e em Gravataí (RS).
Até o começo da noite de ontem, a empresa não se pronunciou a respeito das informações divulgadas pelo Sindicato dos Metalúrgicos.
O complexo industrial de São José emprega ao menos 5.000 trabalhadores.
PDV. Nesta segunda-feira, começou mais um período de PDV (Programa de Demissão Voluntária) na s fábricas de São José dos Campos e de São Caetano do Sul.
Segundo a empresa, o PDV é para os trabalhadores horistas. “A medida tem como objetivo adequar a produção a atual demanda do mercado”, informo em nota a montadora.
Segundo o sindicato, em média, são produzidas diariamente em São José cerca de 400 unidades do modelo S10 e do utilitário Trailblazer.
PLR. Já as negociações entre o sindicato e a GM sobre o valor da PLR (Participação nos Lucros e Resultados) permanece em impasse.
Segundo a entidade, não houve avanço na reunião de ontem e a empresa não apresentou proposta de valor.
O sindicato reivindica uma |PLR superior ao que foi pago no ano passado, de pouco mais de R$ 16 mil.
A GM quer vincular o valor da PLR a metas de produção, mas o sindicato é contra.