A chegada do final de ano, com a expectativa de aumento das vendas, ampliou o número de ambulantes no centro de Taubaté.
A presença dos vendedores divide opiniões de consumidores e é criticada pela Associação Comercial de Taubaté (Acit), que cobra mais fiscalização da prefeitura.
“É uma oportunidade honesta de enfrentar a crise, é válido, não incomoda”, disse o policial militar Claudio José da Silva.
“A gente quer sair da rua e vai para a calçada, na calçada estão eles [ambulantes], fica difícil”, disse a doméstica Maria José Gaetano.
Os vendedores defendem a atividade. “Ajuda muito bem, passamos o ano sem vender, a hora é no final do ano”, disse Silvio Ferreira.
“O lojista coloca muito dinheiro na prefeitura por meio dos impostos, então ela precisa vê-los, deixar uma cidade bonita, dar mobilidade para que a população consiga acessar as lojas”, disse o presidente da Acit, José Saud.
O secretário de Serviços Públicos da prefeitura, Alexandre Magno, afirma que, em razão do final de ano e da situação de crise no país, aumentaram os pedidos de liberação para a atuação de ambulantes na cidade, mas que a administração tenta conter o aumento e possíveis abusos.
Camelódromo
Uma medida anunciada pelo governo para disciplinar a atuação dos vendedores no centro é a criação de um novo camelódromo, o Centro Popular de Taubaté. A previsão era de que ele fosse aberto em março de 2015, o que não aconteceu.
A nova expectativa é de que ele seja aberto até fevereiro, segundo a prefeitura. São 133 boxes divididos em dois andares. “O que falta agora é a instalação do serviço de rede para energizar o prédio, o que deve acontecer em janeiro”, disse o secretário.