Munique, 5 de setembro de 1972. Um ataque terrorista silenciou as Olimpíadas realizadas na Alemanha: duas mortes e nove reféns. A um mês para a Copa do Mundo no Brasil, que começa em 12 de junho, aumentam os treinamentos das forças de segurança para evitar episódios semelhantes e garantir o bem-estar dos atletas de 32 seleções que disputarão o Mundial em 12 estádios.
Preocupado com um possível ataque terrorista durante as partidas, um grupo de 10 militares do Exército participou durante cerca de dois meses de um curso sobre explosivos em Bogotá, na Colômbia.
Deste grupo, dois militares servem no 2 o Batalhão de Engenharia de Combate, em Pindamonhangaba: o capitão Daniel Del Gallo e o sargento Sammer Harfou Chi.
Programa.O curso faz parte do PCENA (Plano de Cursos e Estágios em Nações Amigas) e a Colômbia foi escolhida pelo fato do país ter sofrido conflitos armados nas últimas décadas, onde há um processo de desminagem (desativação de minas) em áreas situadas a 1.600 metros de altitude.
Os militares tiveram contato com vários tipos de bombas, aprendendo os principais cuidados de segurança caso a presidente Dilma Roussef solicite o auxílio do Exército em um possível ataque na Copa. “Atuaremos no nível de defesa e militar”, disse Del Gallo.
Segundo o capitão Del Gallo, o Exército da Colômbia tem uma rotina bem parecida com o brasileiro, valorizando principalmente a formação física e teórica sobre defesa nacional. “Fiquei muito feliz em poder representar o país no curso. Eles são muito profissionais e a capacitação sobre o manuseio de materiais explosivos acrescentou informações preciosas na formação. Se formos acionados, estaremos preparados”, afirmou.
Além das ações antiterroristas, o Exército brasileiro terá atuação direta na defesa cibernética, fiscalização de produtos controlados nas fronteiras e forças de contingência ficarão em pronto emprego. Também serão realizadas ações em parceria com a Aeronáutica e Marinha nas áreas aeroespacial e de controle do espaço aéreo, marítimo e fluvial. Ainda haverá presença na defesa química, radiológica, biológica, nuclear e de explosivos; sem falar na defesa de estruturas estratégicas, como estações de energia elétrica, além do emprego de helicópteros nas cidades sedes.
Comando. A unidade de Pinda é subordinada à 12ª Brigada de Infantaria Leve Aeromóvel de Caçapava, comandada pelo general William Georges Felippe Abrahão. O comandante destacou a atuação em parceria com as demais unidades. “Uma integração cooperativa com as polícias.